Contratação de PCHs e CGHs aumenta no último Leilão de Energia


 

 

As Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e as Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs) representaram 9,60% dos lotes e 15,39% dos montantes adquiridos no último Leilão de Geração nº 04/2019 (A-6), realizado no dia 18 de outubro e que movimentou ao todo R$ 44 bilhões em contratação de energia, equivalentes a 250.148.822 MWh.

 

O número de PCHS e CGHs contratadas foi de 25 usinas, das quais 19 PCHs e 6 CGHs distribuídas em mais de 50 municípios (os rios são divisas de dois ou mais municípios) e sete Estados da Federação (ES, BA, MT, GO, MG, PR, SC).

 

Para o presidente da Associação Brasileira de PCHs e CGHs (ABRAPCH), Paulo Arbex, o resultado do Leilão é uma sinalização de que o governo realmente pretende cumprir a promessa de reverter os prejuízos com a baixíssima contratação dos últimos vinte anos.

 

“Representa uma grande vitória para as pequenas hidrelétricas, para o micro, pequeno e médio empreendedor brasileiro, para a economia nacional e o desenvolvimento regional, tendo em vista que levarão emprego, renda, desenvolvimento e bem estar a mais de 50 municípios, sete Estados e toda uma cadeia de suprimento 100% nacional, composta de milhares de fornecedores”, afirmou Paulo Arbex.

 

As usinas deverão iniciar o fornecimento de energia elétrica a partir de 1º de janeiro de 2025.

 

“Vamos continuar lutando para que nos próximos leilões, com a economia já colhendo os frutos das reformas em andamento, o volume aumente e o governo mantenha esta política de contratar cada vez mais das CGHs, PCHs e também UHEs. A fonte hídrica tem sido a que mais tem contribuído para o desenvolvimento do país, para a modicidade tarifária e para a preservação e limpeza dos nossos rios”, reforçou Arbex.

 

 

BALANÇO – Com as contratações do Leilão, serão gerados investimentos de 11,2 bilhões e a economia estimada para os consumidores nos próximos 20 a 30 anos será de R$ 22,4 bilhões. Além disso, é prevista a geração de 21 mil empregos.

 

Segundo o Ministro (que esteve presente no evento), os sinais da economia estão presentes e o País está reagindo. “O resultado é o grande protagonista do nosso governo.” Albuquerque também destacou o caso da usina hidrelétrica de São Roque, que estava com obras paralisadas desde 2016 e o leilão irá viabilizar a retomada do empreendimento.

 

O preço médio ao final das negociações foi de R$ 176,09 por MWh, com deságio de 39,5% em relação aos preços-tetos estabelecidos. Ao todo, os projetos que foram negociados totalizam 1.702 MW médios de garantia física com 2.979 MW de potência.

Foram contratados empreendimentos em todos as regiões do Brasil, com destaque para Bahia (26), Rio Grande do Norte (14) e Santa Catarina (11).

Participaram do certame, como compradoras da energia, nove concessionárias de distribuição com destaque para a Light (449,1 MW médios) e Cemig (175,7 MW médios).

 

Os contratos de empreendimentos de fonte hidrelétrica – Centrais Geradoras Hidráulicas (CGHs), Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e Usinas Hidrelétricas (UHE) – terão prazo de suprimento de 30 anos.

Ao final das negociações, foram contratados 91 empreendimentos de geração, sendo 27 hídricos, 44 usinas eólicas, 11 usinas solares fotovoltaicas e 9 usinas térmicas, sendo 6 movidas a biomassa e 3 a gás natural, o que soma 1.155 MW médios de energia contratada.

Os resultados completos estão disponíveis no site da CCEE.

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