Cientista, pesquisadores, empresários e especialistas do setor elétrico brasileiro estão preocupados com a real possibilidade de faltar energia elétrica no país. O pior de tudo é o atual ministro das minas e energias continuar insistindo na tese dele, de que a natureza por si só resolverá a questão.
“Nós não estamos trabalhando com hipótese de racionamento, disse o ministro Lobão”. Não é uma questão de hipótese senhor ministro! É uma questão de falta de planejamento e de infraestrutura. Mas, o ministro, insiste, “Temos a convicção de que isso não será necessário o racionamento é baixo a chance de apagão até novembro, quando iniciam os períodos das chuvas”, Pergunta! V.Ex. chegou a falar com Deus?
Penso sinceramente que sustentada em informações técnicas-científicas, a Presidenta Dilma, deveria não confiar tanto na insistência do Sr. ministro Lobão, ( O Zimmermann é mais precavido), e determinar o racionamento de energia para evitar um mal maior. Imaginem a multiplicação de apagões, que já são bastante no país inteiro, disseminar em profusão Brasil afora no período de realização da copa do mundo?
A alerta, preocupação e insistência do empresariado do setor elétrico brasileiro não são vagas, tem fundamento, precisa-se e deve-se ser visto com mais objetividade pelos gestores públicos. Caso contrário, todos sairão perdendo. Queira Deus que nada de mais grave aconteça, mas. Vale lembrar que Deus tem muitos outros afazeres, à ficar atendendo uma questão que podemos resolver sem mais delongas. Colocar o tico e o téco para funcionar é o primeiro passo.
Como se sabe 80% por cento da energia elétrica produzida no Brasil, é oriundo de fontes hídricas, ou seja, energias limpa. A questão hoje é que 50% das hidroelétricas brasileiras, conforme determina legislação, são construídas no modelo fio d’água. Portanto, não há reservatórios para potencializar o armazenamento de água no período da estiagem. Será que é por isso e mais isso, que estamos cada vez mais dependentes da boa vontade de são Pedro, das condições climáticas e das variações das intempéries regionais. Será?
Um importante fator a ser considerado é que além da pressão antrópica sobre os ecossistemas naturais em curso no país nas últimas décadas, a falta de comprometimento e comprimento com a legislação ambiental na recuperação das margens dos rios, córregos, nascentes, olhos d’água, veredas… São fortes complicadores ambientais que precisam ser mais bem avaliados.
Vejam como exemplos, as margens dos Rios São Francisco, Paraná, Xingu, Araguaia, Tietê, Tocantins, Paraguaio… A que estágio se encontram, com a vida se esvaindo lenta e gradativamente. Ou recompomos, reflorestamos, e recuperamo-los, ou morreremos de sede e fome em espaço de tempo não muito distante cronologicamente falando. Vai vendo!
Investir em outras fontes de energias limpas e sustentáveis é outro caminho basilar para a continuidade da vida.
Nesse viés, mira-se no país milhões de alternativas para realização dessa empreitada, basta querer. Temos sol para produção de energia solar, vento para produção de energia eólica, aproveitamento de biomassa… Tudo em grande quantidade e profusão no país inteiro. Porque não visualizamos essas alternativas?
No entanto, para nossa surpresa em momento de crise energética no país recorrem em primeira mão na energia mais cara, suja e poluidora do mundo, as termoelétricas, movida a óleo diesel, gás e carvão… Repudiada pela sociedade humana no mundo inteiro.
Especialmente pelos males que causam ao meio ambiente, a saúde pública, financeira… Literalmente falando.
Senhora presidenta, estudos e pesquisas, sobre a questão energética no Brasil projetou para 2014 os índices dos três anos considerados “críticos” para as chuvas em todo o país, 1954, 1969 e 2001. O ano de 2014 acaba de enfrentar nos meses de janeiro e fevereiro os piores meses de seca dos últimos 84 anos. Então! Movimente-se.
Sinceramente não entendo! Com tantos postes fincados nesse país será que vai faltar energia?
Fonte: Midia News – 31/03/2014
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