por Ceres Battistelli
A presidente da Associação Brasileira de PCHs e CGHs (Abrapch), Alessandra Torres de Carvalho, participou nesta segunda-feira (19 de agosto), em São Paulo, do 1º Congresso Brasileiro das Mulheres da Energia.
O evento promovido pela Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD) é o primeiro voltado para o universo feminino no mercado de geração distribuída.
No painel Desafios e Propostas no setor de energia, Alessandra defendeu um incremento de 100%, até 2031, na produção de energia proveniente de pequenas usinas no país. São 3.700 megawatts (MW) a mais do que o que está sendo proposto no Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE – 2031) – estudo divulgado recentemente e que é elaborado anualmente pela EPE, com o apoio das equipes do Ministério de Minas e Energia.
Outro fator importante abordado pela presidente da Abrapch foi a contribuição das PCHs e CGHs – empreendimentos que variam entre 0,01 e 30 megawatts (MW) de potência instalada – para o aumento das áreas de preservação no Brasil e também para conter a crise hídrica.
“Para que se tenha ideia, o Brasil possui ao todo 1.150 empreendimentos construídos entre PCHs e CGHs -. Em cada uma destas áreas, cerca de 70% do perímetro é formado por Áreas de Preservação Permanente, sem contar a área do lago da usina”, defendeu.
Ela destacou ainda a necessidade de campanhas de conscientização sobre a importância dos reservatórios para geração de energia firme, limpa, renovável e mais barata, para o consumidor.
Entre as novidades, a divulgação de um diagnóstico – obtido pela Abrapch, junto a equipe técnica do órgão ambiental do Paraná, o Instituto Água e Terra (IAT) e que apontou um ganho em Áreas de Preservação Permanente (APP) de 228% com o cumprimento das exigências contidas no licenciamento de 89 novos empreendimentos de PCHs no estado.
Sobre o Congresso
As apresentações e debates contaram com palestrantes, todas mulheres, divididas em painéis que abordaram temas envolvendo desde as novas oportunidades aos entraves do segmento no país.
O evento também tratou da educação profissional em energias renováveis como caminho para inclusão de mulheres no setor; carreiras de sucesso e impactos no segmento; o futuro do setor de energia e como aumentar a competitividade através da diversidade.
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