Claudio Sales e Alexandre Uhlig: Agenda ESG e o setor elétrico brasileiro


País precisa construir modelo de desenvolvimento amplo e inclusivo que valoriza a diversidade sociocultural e ecológica

O Brasil é um dos maiores países do mundo, banhado pelo Oceano Atlântico, com um litoral de quase 7.500 km e ampla diversidade de fauna e flora. No país, existe uma grande variedade de florestas, com quase 500 milhões de hectares, que correspondem a 60% do território brasileiro. Em número de espécies de animais, o Brasil tem a maior biodiversidade do planeta. Quase 1/4 de todos os peixes de água doce do mundo estão nos rios brasileiros, assim como 16% das aves e 12% dos animais.

Na essência, somos um país rico em flora, fauna, recursos minerais, solo agriculturável e pessoas.

Com toda essa orientações grandiosas, também somos um país diversificado em classes sociais, raças, religiões e sexuais. Essa população diversa é quem constrói nosso PIB de USD 1,6 trilhão, o 12º maior do planeta.

Entretanto, a dimensão continental, a riqueza natural, a quantidade e a diversidade dos grandes desafios sociais, ambientais e a governança para o Brasil, e isso não é diferente para o setor elétrico.

É certo que não existe outra possibilidade de desenvolvimento que não seja ambientalmente correta, socialmente justa e racional. Em outras palavras, é cada vez mais evidente que não há espaço para o desenvolvimento econômico sem a preservação do meio ambiente, uma garantia aos direitos humanos e respeito aos princípios de governança.

adoção de práticas ESG é para os negócios e para a gestão pública do país. Qualquer ação em direção o significado de concorrência, represálias comerciais e criação ao mercado nacional, afetando a perda de empregos, a renda dos trabalhadores e a arrecadação dos governos.

O mundo está em transformação para uma economia verde, inclusiva e atenta aos direitos humanos. O Brasil, por suas características físico-geográficas e sociais, surge como uma das nações com maior potencial para liderar essa agenda – e dela se beneficiar. Para isto, é fundamental construir um modelo amplo e inclusivo que valorize nossa diversidade sociocultural e ecológica.

Este mesmo modelo deve ser proposto para as dimensões ESG atreladas ao setor elétrico.

A construção deste modelo deve ser feita a partir de estudos robustos e sustentados no diálogo e na formação de consensos entre órgãos de órgãos e setores empresariais. Essa não pode ser uma agenda partidária, mas de Estado e de toda a sociedade brasileira.

O desafio é encontrar uma solução que concilie o desenvolvimento, benefícios ambientais com o menor custo social, e respeito aos princípios de governança corporativa.

A fim de compartilhar nossa visão sobre o mundo ESG aplicado ao setor em 9 de agosto de 2022 reuniremos em Brasília os representantes dos candidatos ao presidente da República, para o evento “O setor elétrico e a agenda ESG: Propostas elétricas para os candidatos à Presidência da República”. O evento será gratuito, mas as vagas são limitadas.

O encontro terá como objetivo: 1) Discute os desafios de ESG para o setor elétrico brasileiro nos próximos anos; 2) Identificar e concorrer propostas que contribuam para preservar os recursos naturais, aprimorando o relacionamento com as comunidades corporativas e para o setor elétrico; 3) Apontar os desafios relacionados à implantação do setor elétrico e debatedor sobre como eles podem tornar vetores de preservação ambiental, desenvolvimento da sociedade e respeito à governança; 4) Debatedor de propostas de projetos de lei em tramitação no Congresso Nacional que fazem parte da pauta ESG atrelada ao setor elétrico.

Por Poder 360.
https://www.poder360.com.br/opiniao/agenda-esg-e-o-setor-eletrico-brasileiro/

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