A diretoria da ANEEL aprovou, durante Reunião Pública da última terça-feira (13/2), alteração da data de divulgação do resultado da avaliação inicial dos projetos recebidos no âmbito da Chamada de Projeto Estratégico de P&D nº21/2016 “Arranjos Técnicos e Comerciais para Inserção de Sistemas de Armazenamento de Energia no Setor Elétrico Brasileiro”. Houve demonstração de interesse por parte de 102 empresas reguladas e foram recebidas 29 propostas de projetos para avaliação inicial. Diante do grande número de propostas e dos pareceres a serem consolidados, a Agência decidiu ampliar o prazo, estabelecido inicialmente até 20/2/2017. Com a mudança, a Agência deverá divulgar a avaliação em 06/04/2017.
A Chamada de Projeto Estratégico de P&D visa a proposição de sistemas de armazenamento de energia de forma integrada e sustentável, buscando criar condições para o desenvolvimento de base tecnológica e infraestrutura de produção nacional.
Segundo a Agência, apesar das vantagens de fontes como a solar e a eólica, elas são intermitentes e menos previsíveis. Diante disso, existe a necessidade de desenvolver tecnologias e sistemas de armazenamento, que inclusive estão entre as principais fontes de inovação no setor elétrico, com diversos projetos em vários países.
Além disso, não há projetos pilotos ou experiências nacionais similares ao que se verifica no exterior e faltam estímulos ao desenvolvimento da cadeia produtiva de componentes e tecnologias de armazenamento. A participação da indústria permitirá a aplicação dos resultados da inovação, o que incrementará a competitividade e o progresso econômico.
Nos últimos 10 anos foram aplicados mais de 5 bilhões de reais em projetos de P&D. Segundo o voto do diretor da ANEEL Reive Barros, "trata-se de um recurso financiado pelo consumidor e, como todo investimento, deverá ter retorno para quem investe. Dessa forma, é importante identificar os benefícios para o consumidor nos projetos de P&D".
A avaliação das propostas, o acompanhamento da execução e a avaliação dos resultados serão realizados pela ANEEL e contarão com participação de outras entidades intervenientes como o Ministério de Minas e Energia (MME), a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o Operador Nacional do Sistema (ONS), o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e Serviços (MDIC), a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), a Finep, a Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ) e universidades britânicas como Birmingham, Oxford, Imperial College, Manchester e Warwick, apoiadas pela embaixada britânica.
Fonte: MME
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