O consumo total de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN) deve aumentar 0,5% em 2016, em comparação com o ano anterior, segundo projeções do ONS e EPE divulgadas ontem (4/7), na segunda revisão quadrimestral do planejamento anual de operação energética. A expectativa representa ligeira melhora em relação à primeira revisão do planejamento, que apontava aumento de 0,2%.
Entre as classes consumidoras, só deve ocorrer queda no setor industrial, de 2,7%. As entidades preveem crescimento de 2,8% no consumo residencial, de 1,3% no comercial e de 3% entre outros segmentos, como rural e poder público. As projeções já consideram o consumo observado até junho neste ano.
Já para o período entre 2016 e 2020, o consumo total no SIN deve crescer a uma taxa de 4% ao ano. O maior crescimento será na classe residencial, cujo consumo deve subir 4,4% ao ano. Nas projeções, a indústria cresce um pouco menos, a uma taxa de 3,8% ao ano.
Carga de energia
O ONS e a EPE estimam que neste ano sejam acrescentados 662 MW médios à carga verificada em 2015, totalizando 66.645 MW médios. A expectativa é de que a carga apresente variação positiva em todos os subsistemas: Sudeste/Centro-Oeste (0,2%), Sul (3,2%), Nordeste (0,8%) e Norte (2,5%).
Para o período entre 2016 e 2020, prevê-se crescimento médio anual da carga no SIN de 3,7%, significando expansão média de 2.589 MW médios ao ano. As maiores variações devem ocorrer nos subsistemas Norte e Nordeste, que crescerão respectivamente 5,5% e 3,9% ao ano. Já Sudeste/Centro-Oeste e Sul a carga devem registrar aumento médio de 3,4% ao ano.
Retomada econômica
Há pouca mudança nas expectativas dos órgãos em relação à atividade econômica em 2016. A projeção permanece de retração de 3%, com elevado nível de ociosidade da indústria e baixa confiança de empresários, o que deve levar a uma nova queda dos investimentos.
A partir de 2017, entretanto, é esperada uma leve recuperação de 0,8%, com melhoria das expectativas dos agentes e da retomada de utilização de capacidade instalada que viabilizará crescimento mais forte no médio prazo. Já para 2018, a expectativa é de aumento de 2,6% no PIB e para 2019, de 3,2%.
Fonte: Brasil Energia
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