Solução parcelada para débitos do GSF ainda depende de aprovação dos credores

O governo conseguiu costurar uma solução para o pagamento parcelado dos débitos dos geradores afetados pelo déficit hídrico no mercado de curto prazo. A proposta discutida em uma reunião entre credores e devedores na ultima sexta-feira, 18 de março, prevê o parcelamento em até 6 meses, conforme antecipado pela Agência CanalEnergia, mas ainda depende da palavra final dos associados da Abraget, que representa os geradores termelétricos, entre eles a Petrobras. A estatal teria um R$ 1,5 bilhão a receber em créditos de suas usinas.

 

Para o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, a solução vai possibilitar que entre o fim de abril e o começo de maio o mercado esteja com as contas em dia. Braga lembrou que o desequilíbrio de caixa dos geradores aconteceu em razão do regime hidrológico, mas a adesão dos agentes à repactuação do risco das usinas hidrelétricas vai regularizar o fluxo de caixa e convergir para eliminar as pendências.

 

No caso da Petrobras, o pagamento poderá ser feito em até seis vezes, mas algumas negociações com a estatal, segundo o ministro, envolverão prazo maior. Tem empresa, no entanto, que vai dividir em duas ou três vezes. Braga disse ter recebido uma carta da Abraget e que a associação deve reunir seus associados até quarta-feira, 23, para decidir se aprova a proposta.

 

Em entrevista coletiva nesta terça-feira, 22 de março, Braga elogiou a postura da Petrobras, que anunciou prejuízo de R$ 34,836 bilhões em 2015. “Foi importante a decisão que a Petrobras adotou no dia de ontem (21), porque demonstra mais uma vez que nós estamos com absoluta transparência, apresentando uma contabilidade confiável para o acionista, o empreendedor, o mercado, enfim, a sociedade brasileira”, disse o ministro. Ele destacou que 2015 foi um ano atípico no câmbio, com impacto no resultado financeiro da estatal, que tem grande parte de suas dívidas em dolar.

 

“Fluxo financeiro de um lado, câmbio do outro e queda do preço do barril do petróleo de outro, criou-se então o cenário [negativo]. E isso sem deixar de mencionar, obviamente, que a [operação] lava jato também teve impacto. Todos sabemos que tem custos operacionais não restabelecidos em função de pendências ainda no aspecto jurídico e no aspecto estrutural da operação”, completou o ministro.

 

Fonte: Canal Energia

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