As condições hidroenergéticas desfavoráveis no período de 22 a 28 deste mês manterão os subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste dependentes da energia produzida nos subsistemas Norte e Sul do País, que apresentam condições mais favoráveis nos reservatórios.
Segundo o Sumário Executivo do Programa Mensal de Operação, divulgado na última sexta-feira (21/3) pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), está prevista a passagem de uma frente fria pelas regiões Sudeste e Centro-Oeste, mas de intensidade moderada, o que ocasionará apenas chuvas fracas e moderadas nas bacias dos rios Tietê, Grande, Paraíba do Sul, Doce, Jequitinhonha, Parnaíba e São Francisco.
Com isso, a situação dos reservatórios não deverá sofrer modificações significativas em relação à última semana, quando os níveis estavam em 35,32% no subsistema Sudeste/Centro Oeste, 40,98% no Sul e 41,88% no Nordeste. A situação mais favorável continua sendo a da região Norte do País, onde o nível dos reservatórios vem se mantendo acima dos 80%.
Em contrapartida, as previsões do ONS são de que a demanda por energia elétrica crescerá em março, em relação a igual mês do ano passado, 4,8% no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, principalmente porque há a expectativa de que a carga do setor industrial seja superior ao verificado nesse mesmo mês de 2013.
A maior taxa real de expansão de carga, no entanto, está prevista para o Sul, onde a demanda deverá crescer 6,9%, principalmente em razão da continuidade do bom desempenho das atividades econômicas da região. Mas também em função da pouca demanda do mesmo período de 2013 em razão da ocorrência de baixas temperaturas, atípicas para aquela época do ano.
No subsistema Norte, há previsão de alta de 23,3% em relação a março do ano passado. O ONS atribui o aumento à entrada de Manaus no Sistema Interligado Nacional (SIN). Retirando o efeito dessa interligação, a carga apresenta previsão de fechar o mês com crescimento de apenas 0,8%.
Já o subsistema Nordeste deverá registrar expansão da demanda de 2,1%, a menor observada no ano, em parte em consequência do elevado crescimento da carga em março do ano passado, como decorrência das altas temperaturas e do prolongamento do tempo seco.
Fonte: Jornal da Energia – 24/03/2014
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