da Agência Canal Energia

 

A Copel irá investir R$ 820 milhões para modernizar a gestão e a distribuição de energia elétrica no Paraná, por meio da troca de medidores antigos de 1,5 milhão de unidades consumidoras residenciais e empresas urbanas e rurais por modelos inteligentes, automatizando a rede para 151 municípios das regiões Leste, Centro-Sul, Sudoeste e Oeste.

O Programa Rede Elétrica Inteligente foi lançado oficialmente nesta quarta-feira, 9 de setembro, em cerimônia realizada no Palácio Iguaçu, na capital Curitiba. Além da instalação dos medidores digitais, está previsto o lançamento de um sistema robusto de comunicação para conectar todas residências de aproximadamente 4,5 milhões de paranaenses e formar uma rede ativa com processamento de dados integrados.

“O governador nos deu uma orientação clara: crescer mas olhando com prioridade para o estado. Não dá para seguir expandindo nossa atuação enquanto porcos, galinhas e peixes morrem e safras de fumo são queimadas no interior por problemas com energia elétrica”, comentou o presidente da Copel, Daniel Slaviero, afirmando que o projeto representará a maior rede inteligente do Brasil, em um modelo que já existe em países como os Estados Unidos e o Japão.

Durante o evento, que contou com a participação do governador Carlos Massa Ratinho Jr e de diretores da Aneel, foi assinado o contrato de R$ 251 milhões para a primeira etapa da iniciativa, envolvendo 73 cidades desde o mês de julho até 2022, com benefícios diretos a 1 milhão de consumidores, ou 462 mil UCs. A segunda fase envolverá mais 78 municípios até 2024, a um custo estimado de R$ 570 milhões, sendo 1 milhão de UCs contempladas.

Presidente da Copel assina contrato de R$ 251 mi para primeira fase do programa (Agência Paraná)

 

Gestão em tempo real – O investimento tecnológico permitirá ganhos como leitura de consumo a distância e autonomia para o cliente monitorar seu consumo em tempo real por aplicativo. Além disso, irá reduzir o tempo de desligamento provocado por intempéries e outros fatores externos ao sistema, diminuindo também as fraudes e furtos de energia, agilizando o atendimento, dando acesso a novas modalidades tarifárias e realizando a integração com o conceito das cidades inteligentes.

Segundo o diretor geral da Copel Distribuição, Maximiliano Orfali, os novos aparelhos terão potencial para integrar outros serviços no futuro, como microgeração distribuída, tecnologias de armazenamento de energia, controle da iluminação pública e abastecimento de carros elétricos. Outra possibilidade será de identificar áreas de perdas e furtos de energia que oneram a tarifa, contribuindo para a eficiência das instalações. A rede inteligente contará, ainda, com reguladores de tensão automáticos.

“Em breve teremos a demanda dos carros elétricos, e as cidades demandam novas soluções. As redes inteligentes serão fundamentais para as smart cities, para iluminação pública, semáforos e integração de dados, onde o céu é o limite”, arrematou Orfali.

Projeto prevê troca de 1,5 milhão de medidores antigos por modelos inteligentes (Agência Paraná)

Redução de custos e foco no cliente – Para Daniel Slaviero, o programa é uma revolução tecnológica no setor e coloca o Paraná cada vez mais na vitrine dos investimentos privados, fundamentais, sobretudo, para a recuperação das condições da economia depois da pandemia. Ele ressaltou que o programa atende aos três principais pilares da companhia: redução de despesas, investimento seguro e qualidade de energia para os clientes.

“Vamos evitar deslocamentos desnecessários dos eletricistas, atender as demandas elétricas com rapidez e possibilitar geração de dados qualificados para a Copel e os consumidores”, afirmou o presidente da companhia. “Estamos garantindo estabilidade e que o comércio, a indústria e o agronegócio continuem a crescer no estado”, complementa.

Na avaliação do diretor geral da Aneel, André Pepitone, o programa é um salto de qualidade no atendimento ao consumidor. “Os novos medidores vão transformar a rede de distribuição em uma verdadeira internet da energia, com os fios da Copel passando eletricidade e informação, o que vai melhorar a gestão da empresa em seu serviços”.

Já o secretário do Ministério de Minas e Energia, Rodrigo Limp, destacou que iniciativa vai de encontro com as transformações e a modernização pretendidas para o setor elétrico, um trabalho conjunto que está sendo desenvolvido com as instituições. “Esperamos que outras empresas sigam esse exemplo da Copel”, salientou.

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