A S&P apontou o risco de racionamento de energia elétrica como um dos fatores que deve frear o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2014. Nesta segunda-feira (24/03), a agência classificadora de risco anunciou o rebaixamento do rating de crédito soberano de longo prazo em moeda estrangeira do Brasil de ‘BBB’ para ‘BBB-’ e o rating de crédito soberano de longo prazo em moeda local de ‘A-’ para ‘BBB+’. A perspectiva, por sua vez, permanece estável.
A agência prevê uma expansão do PIB real de 1,8% em 2014 e 2% em 2015. A S&P acredita que o empresariado deverá permanecer retraído. “Assim, ainda esperamos que os investimentos do setor privado se mantenham tímidos dados o persistente sentimento negativo do ambiente de negócios e uma atitude de ‘ver para crer’ com relação às eleições, o risco de um racionamento de energia e os efeitos atrasados do aumento de 350 pontos-base na taxa de política monetária desde abril de 2013″, disse.
O rebaixamento do rating é justificado, segundo a S&P, por sinais pouco claros enviados pelo governo quanto às suas políticas, que geram implicações negativas para as suas contas fiscais e para a credibilidade de sua política econômica, o que associado à baixa perspectiva de crescimento do país nos próximos dois anos, continua afetando a flexibilidade das políticas e o perfil de desempenho do País.
Fonte: Jornal da Energia – 25/03/2014
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