A Agência Nacional de Energia Elétrica quer mudar a situação das pequenas centrais hidrelétricas, começando com o estoque de mais de 7 mil MW de projetos parados a espera de análise da área técnica do órgão. Essa é a mensagem que a diretoria da Aneel deu à nova diretoria da Associação Brasileira de Fomento às Pequenas Centrais Hidrelétricas em reunião realizada na última quarta-feira, 16 de abril. O presidente da Abrapch, Ivo Pugnaloni, se disse muito otimista com o futuro da fonte, que está estagnada nos leilões.
De acordo com o executivo, o diretor Reives Barros, que participou da reunião, disse que a disposição é “limpar as prateleiras da Aneel”, se preciso usando “uma força tarefa, mesmo externa”. O diretor da Aneel também reforçou que o órgão regulador quer ser um parceiro dos empreendedores para o desenvolvimento da fonte. Essa disposição vai ao encontro da necessidade de mudar a atual imagem de uma agência fechada aos empreendedores.
“Eles deixaram claro que será no prazo mais breve possível”, disse Pugnaloni à Agência CanalEnergia, sobre o andamento da análise dos projetos, que aguardam análise na Superintendência de Gestão e Estudos Hidroenergéticos. Além disso, os diretores da Aneel atualizaram os diretores da Abrapch sobre o pedido de sindicância feito para apurar o que ocorre para a demora na análise.
Em relação aos leilões deste ano, o executivo disse que cerca de 2.200 MW já tem outorga, mas dependem de mudança na política de preços para se viabilizarem nos certames. Nos últimos anos, segundo cálculos da Abrapch, 1% da energia contratada foi de PCHs e 38,5% de térmicas. “Depende desse espírito dentro da Aneel, seja estendido à EPE e ao MME”, observou.
As PCHs serão temas de eventos em Brasília na próxima semana no Congresso Nacional e na própria Aneel.
Fonte: Canal Energia – 17/04/2014
No comment