A China vai reduzir a potência da queima de carvão ao longo dos próximos três anos para enxugar o excesso de capacidade e combater a poluição do ar, informou o principal órgão de planejamento econômico do país.
O governo central não vai aprovar nenhum plano para aumentar a capacidade de produção de energia a carvão em regiões com excedente de energia, disse a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (CNDR) em comunicado.
Para as áreas que enfrentam escassez de fornecimento de eletricidade, o governo vai dar preferência para o desenvolvimento de projetos de novas matrizes energéticas e o transporte de energia de outras províncias, conforme a nota.
O governo chinês também criará um mecanismo de avaliação de risco para medir a eficiência da produção de energia, tendo em conta fatores tais como a taxa de utilização da capacidade e políticas de produção ambiental, disse o planejador estatal.
Os governos locais devem tomar medidas quando esses indicadores mostram "um desvio significativo" em relação aos níveis normais para ajustar a produção de energia.
A energia térmica, oriunda em grande parte do carvão, responde majoritariamente pela produção de eletricidade da China. O país gerou 4.210 trilhões de quilowatts-hora de energia térmica em 2015, quase 75% da sua produção total de energia, mostraram dados oficiais.
Apesar do grave problema de excesso de capacidade do setor, só em 2015 210 novas usinas de energia movidas a carvão, que custaram bilhões de dólares, ganharam licenças ambientais, apontou o Greenpeace East Asia em março.
Fonte: Valor Econômico
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