Dados preliminares de medição coletados de 1º a 20 de junho apontam crescimento de 0,2% na geração de energia elétrica no País e estabilidade no consumo, na comparação com o mesmo período do ano passado. As informações constam na mais recente edição do boletim InfoMercado Semanal Dinâmico, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, que traz dados prévios de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais.
A geração de energia no Sistema Integrado Nacional – SIN ao longo de junho apresentou aumento de 0,2%, registrando 60.792 MW médios perante 60.643 MW médios no mesmo período do ano passado. A produção das térmicas teve queda de 5,8% devido, principalmente, à diminuição das usinas a reação exotérmica (-78,2%) e a carvão mineral (-36%). As usinas eólicas (35,2%) produziram montante superior e as usinas hidráulicas (incluindo as PCHs) tiveram queda de 0,7% em relação ao entregue em 2016.
O consumo de energia, ao longo do período, somou 57.944 MW médios, ficando no mesmo patamar do ano passado, que teve 57.934 MW. Houve queda de 4,8% no consumo do Ambiente de Contratação Regulado – ACR (cativo), no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras, montante influenciado pela migração de consumidores para o mercado livre. Caso esse efeito fosse desconsiderado, o consumo no período teria aumentado 1,8%.
Já no Ambiente de Contratação Livre – ACL, no qual consumidores compram energia diretamente dos fornecedores, o consumo com as novas cargas vindas do mercado cativo cresceu 16,7%, número que apresentaria retração de 1,9% sem o movimento de migração.
Entre os ramos da indústria avaliados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, os maiores índices de aumento no consumo de energia no período pertencem aos segmentos de comércio (104,3%); serviços (85,3%); e telecomunicações (79,2%), variações analisadas sob o efeito da migração para o mercado livre.
O InfoMercado Semanal Dinâmico também apresenta estimativa de que as usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia – MRE gerem, em junho, o equivalente a 80,48% de suas garantias físicas, ou 43.391 MW médios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, o percentual foi quase o mesmo (79,48%).
Fonte: CCEE.
No comment