Dados preliminares de medição coletados pela CCEE entre os dias 1º e 8 de agosto apontam quedas de 2,1% no consumo e de 1,3% na geração de energia elétrica no país, na comparação com o mesmo período do ano passado. As informações constam na mais recente edição do boletim InfoMercado Semanal Dinâmico, que traz dados prévios de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais.
A análise indica que o consumo foi de 57.707 MW médios no Sistema Interligado Nacional – SIN, com queda de 2,1% frente ao volume de energia consumido nos mesmos dias de 2016. Houve recuo de 5,9% no Ambiente de Contratação Regulado – ACR (cativo), no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras, índice que leva em conta a migração de consumidores para o mercado livre (ACL). Excluindo esse impacto, o ACR ainda registraria retração, mas de 0,7%.
No Ambiente de Contratação Livre – ACL, no qual as empresas compram energia diretamente dos fornecedores, foi registrado aumento de 7,9% no consumo, número que inclui os novos consumidores vindos do mercado cativo (ACR). Caso a migração não fosse considerada, haveria queda de 5,6% no consumo.
Dentre os ramos da indústria avaliados pela câmara, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, os maiores índices de retração no consumo de energia no período, excluindo a migração, pertencem aos segmentos de bebidas, 16,5%, minerais não metálicos, 9,7% e metalurgia e produtos de metal, com 7,4%.
Os dados analisados também apontam diminuição na produção das usinas com 60.249 MW médios entregues, montante de energia 1,3% inferior ao gerado em 2016, impacto causado principalmente pela queda de 14,1% na geração das usinas hidráulicas, incluindo as Pequenas Centrais Hidrelétricas. Por outro lado, o desempenho das usinas eólicas e térmicas foi positivo no período analisado, com 14,8% e 31,7%, respectivamente.
O Boletim também informou a estimativa de que as usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia – MRE gerem, em agosto, o equivalente a 61,74% de suas garantias físicas, ou 36.839 MW médios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, o percentual foi de 67,2%.
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