Além de apontar as causas do apagão de 15 agosto, o Relatório de Análise de Perturbação (RAP) pode ajudar a solucionar questões relacionadas ao planejamento energético do Brasil, contribuindo para o aprimoramento da operação, do planejamento e da implementação de novos parques e usinas. A informação é de Luiz Carlos Ciocchi, diretor-geral do Operador Nacional do Sistema (ONS), que afirmou a jornalistas que o relatório final será concluído dentro do prazo de 45 dias, até 17 de outubro.
“Estamos falando de fenômenos absolutamente elétricos. O entendimento do evento pode trazer luz para o setor elétrico, não somente do ponto de vista da operação do sistema. Por isso, eu declarei, do ponto de vista do planejamento, da operação para a implementação dos novos parques e usinas e para os fabricantes de equipamentos, que também terão que, provavelmente, adaptar os seus equipamentos”, disse Ciocchi durante entrevista na 15° edição do Fórum Latino-Americano de Smart Grid realizado nesta segunda-feira, 11 de setembro.
Segundo o diretor-geral, dados sobre o apagão já foram enviados por empresas envolvidas e estão sendo analisados pelo ONS. Até o momento, essas informações apontam para um desligamento de reguladores de velocidade em usinas próximas a linha de transmissão Quixadá–Fortaleza II, de propriedade da Chesf, no Ceará.
“O trabalho é verificar cada um daqueles reguladores de velocidade, verificar qual é a situação, seja do ponto de vista da informação, do que a gente tem, seja do ponto de vista de como esses reguladores atuaram”, frisou.
Além disso, a abertura da linha redirecionou o fluxo de energia para outras regiões, causando um ‘efeito dominó’.
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