“Levante-se o Brasil com a ideia inteligente de energia limpa. É muito importante que a energia que moverá essa turbina de Arquimedes no lago do Parque Barigui inspire e gere consciência para que amanheça a mais radiosa das manhãs, a manhã do desenvolvimento sustentável”, afirmou o prefeito de Curitiba, Rafael Greca, na cerimônia oficial de abertura da 3ª edição da Conferência Nacional de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs) – evento realizado pela Associação Brasileira de Pequenas Centrais Hidrelétricas (Abrapch).
Além do prefeito de Curitiba, estiveram presentes o secretário da Casa Civil do Paraná, Guto Silva, o vice-prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel, o diretor presidente da Copel, Daniel Pimentel Slaviero e os representantes da Abrapch: o presidente da Diretoria Executiva, Paulo Arbex; o presidente do Conselho de Administração, Valmor Alves; e o vice-presidente do Conselho de Administração, Pedro Dias.
“A presença deste congresso neste Parque, onde já foram sediados uma série de eventos de inovação que marcaram o nome da cidade de Curitiba no Brasil e no mundo, é muito representativa. Esse parque é um espaço de inteligência e inovação. É a primeira solução criativa de drenagem superficial proposta ao Brasil por Curitiba”, acrescentou Greca.
Um dos legados deixados pelo evento será a doação de uma pequena hidrelétrica, por parte da Abrapch. Construída no lago do parque, a CGH será lançada nesta sexta-feira (10), às 12 horas. A iniciativa é inédita no Brasil, e a operação deverá começar em julho deste ano. O projeto recebeu o nome de Nicolau Klüppel em homenagem ao engenheiro e ambientalista do Instituto de Pesquisa e Planejamento de Curitiba (Ippuc) falecido em 2016, considerado o precursor da drenagem urbana no país.
Segundo a Prefeitura de Curitiba, a produção será injetada na rede da Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel), gerando créditos a serem compensados pelo município. A estimativa é que a economia aos cofres públicos seja de R$ 11 mil por mês, totalizando R$ 132 mil ao ano. No Parque Barigui, a CGH vai utilizar a vazão de 2m3 de água por segundo, numa velocidade de operação de 30 rotações por minuto, gerando cerca de 30 kilowatts, o que equivale ao consumo de 135 residências médias.
“As PCHs têm potencial enorme para suprir a nossa necessidade, com baixo impacto ambiental. O poder público pode buscar novos conceitos e investir em energias renováveis. Tivemos a satisfação de receber essa CGH no Parque Barigui, um parque que serve de convívio para a população e respeito à natureza, com um uso múltiplo, usando um vertedouro já existente para gerar energia”, analisou a secretária de Meio Ambiente de Curitiba, Marilza Dias
“A doação tem cunho pedagógico e serve para ilustrar como uma CGH pode ser implantada em um parque, produzindo energia limpa e baixo impacto ambiental, além de benefícios muito evidentes à população”, afirma Pedro Dias, da Abrapch.
Energia sustentável
O chefe da Casa Civil do Governo do Paraná, Guto Silva, afirma que o estado pretende avançar na área de energia sustentável, o que pode contribuir para a economia estadual. “Vamos fazer os enfrentamentos necessários. O Paraná não pode parar no tempo, com debates ideológicos sobre o meio ambiente. É importante que o estado viabilize esses novos empreendimentos”, declarou. Ao todo, o Brasil conta com 1.124 PCHs e CGHs em operação. Porém, 493 empreendimentos aguardam licenciamento ambiental estadual para obtenção de autorização ou outorga junto a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
A afirmação de Silva está em linha com o argumento do diretor presidente da Copel. “Temos como missão transformar o Paraná no estado mais inovador do Brasil. Sem dúvida, isso passa pela geração de energia. A geração hidráulica continuará sendo uma das principais e a mais relevante para o nosso país. É preciso conciliar o interesse dos investidores e do meio ambiente, eles não são excludentes”, afirmou o diretor presidente da Copel.
A Conferência tem justamente o objetivo de fomentar o debate técnico e discutir aspectos regulatórios, socioambientais, econômicos e políticos da implantação e operação de PCHs e CGHs, por meio de workshop, sessões executivas e plenárias, abordando segurança de barragens e previsibilidade de acidentes, projeções econômicas para o setor e leilão de energia, licenciamento e gestão sócio ambiental, financiamentos e captação de recursos, políticas públicas para o fomento de PCHs e CGHs.
Assessoria de Imprensa: Ceres Battistelli – (41) 99162-4740
No comment