As alternativas vêm ganhando cada vez mais espaço diante do avanço das mudanças climáticas
O primeiro dia da terceira edição do Fórum Brasileiro de Líderes em Energia – powered by Forbes, nesta quinta-feira (10) discutiu os rumos do setor energético no Brasil. O âmbito é considerado promissor e vem ganhando cada vez mais espaço diante do avanço das mudanças climáticas.
Durante a abertura, o Ministro de Minas e energia, Alexandre Silveira, destacou o protagonismo brasileiro no segmento. “O Brasil é o país da pluralidade energética”, disse o ministro. Ele também defendeu o setor de energia nuclear. “Embora tenha sido questionado no passado, hoje, caminhamos para absoluta confiança nessa fonte de energia”, afirmou, destacando que é necessário “regar a semente” para que o setor cresça.
De acordo com Marcelo Moraes, CEO do Fórum, o crescimento dos investimentos nesse segmento é uma tendência irreversível.
Investimentos e cenário macroeconômico
No início da tarde, o terceiro painel contou com a participação Eduardo Sattamini, country manager da Engie Brasil, Luiz Augusto Barroso, CEO da PSR e Mansuetto Almeida, economista-chefe do BTG Pactual. Em meio à escalada do conflito comercial entre China e Estados Unidos, Almeida acredita que serão tempos turbulentos. “Ambos são os nossos principais parceiros econômicos”, afirmou. Para Sattamini, a guerra acaba impactando em nossa taxa de juros, o que espanta investimentos do país. “O capital sempre busca águas mais calmas”.
No decorrer do debate, o trio também avaliou como está a relação entre investimento e setor energético. Na concepção de Barroso, embora o consumidor arque com tarifas elevadas, o retorno em melhorias no segmento é baixo. “Nosso país tem diversos recursos de energia renovável. Essa vantagem comparativa precisa se tornar competitiva também. Não adianta ter uma boa arrecadação e gastar mal”, concluiu.
O CEO da Norsk Hydro, Anderson Baranov, afirma que desde 2018, a empresa investiu quase US$ 9 milhões (R$ 52,94 milhões) em descarbonização.”Temos orgulho por trazer inovação, estamos investindo no açaí, para usar seu caroço em biomassa e gerar energia. É uma boa forma para mostrarmos que o Brasil lugar para investir”, diz Baranov.
De forma unânime, os executivos consideram que os subsídios no fornecimento de energia precisam continuar, somado ao fomento à competitividade e ao uso de novas tecnologias.
Sinergia com a COP-30
Em novembro deste ano, Belém, capital do Pará, receberá a Conference of the Parties (Conferência das partes” ou COP 30). Considerado o principal fórum internacional para negociações climáticas, o evento será realizado pela primeira vez no país e o setor de energia entende que é uma ótima oportunidade para mostrar toda a potência brasileira em alternativas energéticas.
Os principais temas da COP-30 incluem a redução de emissões de gases de efeito estufa, adaptação às mudanças climáticas, financiamento climático para países em desenvolvimento e tecnologias de energia renovável e soluções de baixo carbono.
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