Informação consta na agenda da reunião extraordinária do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, à qual o g1 teve acesso.
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) deve apresentar, na quinta-feira (19), um plano de contingência para garantir o suprimento de energia em meio à seca histórica no país.
A informação consta na agenda da reunião extraordinária do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), marcada para quinta-feira (19) às 13h30, no Rio de Janeiro. O g1 teve acesso ao documento.
O plano de contingência havia sido solicitado pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em ofício no último dia 6 de setembro.
Segundo o ministro, o objetivo é garantir o fornecimento de energia no sistema interligado e em Roraima — único estado que não está conectado ao restante do país.
“Além disso, destaco que o Plano deve conter, entre outras, propostas de medidas concretas, para cada ano, a serem adotadas pelas instituições que compõem o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico”, diz o ofício assinado por Silveira.
Apesar de os reservatórios das hidrelétricas ainda estarem acima de 50%, a quantidade de água que chega aos rios e é usada para gerar energia está abaixo da média histórica.
– Como a maior parte das usinas hidrelétricas do Brasil são a fio d’água, ou seja, não “guardam” água, a situação acende um alerta no setor elétrico.
Para minimizar os impactos, o governo já tem adotado algumas medidas, como o acionamento de usinas termelétricas para atender aos picos de consumo. O Ministério de Minas e Energia também cogita retomar o horário de verão.
Retomada do horário de verão
O ministro afirmou que solicitou um estudo sobre a retomada do horário de verão, que seria entregue nesta semana.
Especialistas apontam que retomada do horário de verão não traz uma economia significativa de energia. Na verdade, a mudança se dá no horário em que as pessoas consomem mais.
Dessa forma, de acordo com o governo, a medida poderia ajudar a operação do sistema elétrico ao deslocar o pico de consumo, que costuma ocorrer no início da noite.
No intervalo entre a queda da solar e o aumento da eólica, há um pico de consumo que precisa ser suprido por energia hidrelétrica ou térmica.
Com a redução dos reservatórios e menor geração por usinas hidrelétrica, por causa da seca, é necessário acionar mais termelétricas — caras e que poluem mais — para atender ao pico de consumo.
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