Uma das principais empresas do setor, no segmento de centrais hidrelétricas, a SEMI Industrial, fabricante de turbinas e automação de usinas, opera acima da capacidade instalada.
De acordo com Luiz Antônio Valbusa, diretor comercial da SEMI, os anos de 2022 e 2023 foram atípicos dado o número de projetos recebidos, de 33 turbinas, o que incrementou a carga de trabalho e deve ocupar todo o período do atual exercício.
A empresa fechou o primeiro semestre deste ano, com projetos para mais oito turbinas e entrega prevista em 2025. Todavia ainda conta com perspectivas ao longo do ano, no segmento de CGHS. As maiores demandas são de Mato Grosso do Sul e do Paraná.
“O que está segurando o mercado são as CGHs, porque não existe previsão de leilões, o que é preocupante”, diz Valbusa, confirmando o avanço dos investimentos de empreendedores nessas usinas, tanto para a GD como para o Mercado Livre.
Vantagem
“A grande vantagem da CGH é a energia firme, em comparação com as intermitentes”, diz o empresário. “Além disso, essas usinas possuem reservatórios e isso representa uma vantagem sobre as outras fontes”.
Ele nota ainda que a vida útil desses equipamentos é de 100 anos, enquanto a solar é de 10 a 15 anos, no máximo. “Investir em CGH tornou-se um negócio muito vantajoso; atualmente, a grande maioria é dirigida ao segmento de GD com um preço médio entre R$ 500,00 R$ 600,00 o MW/h. Já no mercado livre, o preço fica um pouco menor”, avalia Valbusa.
A produção de turbinas hidráulicas faz parte do core business da SEMI Industrial. Com know- how próprio, ela conta com tecnologia da Itália e da Eslovênia, além de parceiros hidráulicos, com mais e 160 unidades comercializadas.
A própria empresa produz o equipamento e faz a montagem na obra, com prazo de entrega entre 14 e 15 meses e equipe própria de pós-venda.
Últimos equipamentos
Entre os últimos equipamentos encaminhados aos clientes, Valbusa destaca a CGH Santa Jacinta, de Boa Ventura de São Roque (PR), com conclusão prevista para novembro. Construída pela CGH Santa Jacinta Geração de Energia Ltda., deverá operar com 3 MW de potência instalada, com duas turbinas Francis horizontais, com queda líquida: 27,25 metros de coluna de água; vazão: 6,5 metros cúbicos por segundo e 1.600 kW de potência em cada turbina.
Com investimentos de R$ 31 milhões, com parte de recursos próprios e o restante de linhas de financiamento do BNDES, deverá operar na modalidade de GD. A unidade foi projetada pela Fluz Engenharia, com a Tag na topografia. Flessak, Hidropav, Knappp, Pedra Branca Escavações, Techydro, Gerdau e Arcelot Mittal foram os demais fornecedores, informou Gustavo Gurgel, da CGH Santa Jacinta Geração de Energia Ltda.
Outra usina que deve receber turbinas da SEMI é a CGH Maravilha, de Mangueirinha (PR). São 2 turbinas Francis horizontais ;queda líquida: 24,5 metros de coluna de água vazão. A primeira delas deve operar com 4,18 metros cúbicos por segundo, com potência de 934 kW. A segunda, com 1,88 metros cúbicos por segundo na potência de 418 kW. A empresa responsável pela unidade não quis prestar as demais informações.
Por HydroBrasil.
https://www.hydrobrasil.com.br/post/mercado-de-centrais-hidrel%C3%A9tricas-impulsiona-produ%C3%A7%C3%A3o-da-semi-industrial
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