Segundo a agência, esse será o maior certame já realizado pela Aneel em termos de valor investido. Leilão estava previsto para outubro, mas foi adiado para dezembro.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira (1º) o segundo leilão de transmissão de energia de 2023, marcado para 15 de dezembro.
Estão previstos R$ 21,7 bilhões em investimentos na construção e operação de linhas de transmissão e subestações de energia, que devem entrar em operação em prazos que variam de cinco a seis anos.
Segundo a área técnica da Aneel, esse será o maior leilão já realizado pela agência em termos de investimentos previstos.
As obras serão feitas em cinco estados:
Goiás
Maranhão
Minas Gerais
Tocantins
São Paulo
O certame estava inicialmente previsto para outubro, mas foi adiado em dois meses por pedido da Aneel.
“A Aneel estava preocupada com a realização de tantos investimentos concentrados em pouquíssimo tempo. Há uma compressão natural de fornecedores, inflação de commodities, inflação de prestadores de serviços”, explicou o diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa.
Segundo Feitosa, havia a possibilidade de o leilão ser esvaziado por falta de competição ou de os preços serem muito altos, caso o cronograma original fosse mantido.
Os empreendimentos têm o objetivo de escoar a produção de energia renovável do Nordeste e norte de Minas Gerais para o restante do país, por meio do Sistema Interligado Nacional (SIN).
Depois da aprovação nesta terça (1º), o edital do leilão será analisado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e retorna para aprovação da Aneel.
Em junho, a agência realizou o primeiro leilão de transmissão de 2023. Foram contratados R$ 15,7 bilhões em investimentos em seis estados, com a construção, operação e manutenção de 6.184 quilômetros de linhas. O certame é considerado o maior já realizado.
“Este leilão, com aqueles que faremos em dezembro e março próximos, tem o potencial de destravar mais de R$ 200 bilhões em investimentos em geração limpa e renovável no Brasil”, disse na ocasião o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
No comment