No Brasil, subsídios acabam beneficiando quem não precisa, diz presidente da Eletrobras


Para Wilson Ferreira Júnior, os incentivos são válidos para dar um impulso inicial a determinados setores, mas depois precisam ser revistos.

O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior, defendeu nesta quarta-feira (12) a necessidade de impor limite aos subsídios oferecidos às fontes renováveis. Para ele, os incentivos são válidos para dar um impulso inicial a determinados setores, mas depois precisam ser revistos.

“É uma coisa que começa, mas que, infelizmente, a gente não consegue se livrar dele”, disse o executivo ao participar do “Abdib Fórum 2023”, evento promovido pela Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib).

O incentivo à geração própria de energia, por meio de painéis solares, foi apontado como exemplo. Ferreira Júnior afirmou que os subsídios, como o da chamada geração distribuída (GD) acabam gerando soluções muitas vezes “equivocadas”. Ele explicou que quem pode investir nos equipamentos é subsidiado pelos consumidores que não têm a mesma condição de renda, o que classificou como uma “jabuticaba brasileira”.

O executivo da Eletrobras afirmou que o subsídio à GD impõe um custo anual de R$ 5,4 bilhões aos demais consumidores. Ele ressaltou que, de modo geral, as fontes renováveis, que incluem eólica, hidrelétricas e biomassa, “não têm nenhuma necessidade de serem subsidiadas”.

Ferreira Júnior aproveitou a participação no evento para defender o modelo de privatização da Eletrobras. Para ele, toda “mais-valia” gerada a partir da capitalização por meio de emissão de novas ações está sendo repartida com pagamentos da companhia à União e aos consumidores, resultado de uma decisão do governo de “onde alocar” os recursos.

Por Valor Econômico.
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