Ministro da Economia, Paulo Guedes, participam da coletiva de imprensa no Palácio do Planalto, sobre as ações de enfrentamento e o avanço da covid-19 no país


País entrou no mapa internacional da segurança energética, defende ministro da Economia

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou ontem, em evento no Banco do Brasil, que o Brasil, em vez de ser um problema para o meio ambiente, é, hoje, a solução da segurança energética e a segurança alimentar do mundo. É assim que “o país está sendo percebido lá fora”, disse Guedes, que esteve em Paris e Madri, na semana passada, para encontros na OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), clube dos países ricos em que o brasil tenta ter assento, e para reuniões com representantes do setor privado.

O tema central dos debates, segundo ele, foi sobre as mudanças climáticas. E foi exatamente nesse contexto que o país começou a ser percebido como a segurança energética do mundo, graças, assinalou Guedes, às intervenções feitas pelo ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, desde então mais conhecido como “Juca Verde”, contou o ministro da Economia. “Entramos no mapa da segurança energética”, adiantou ele.

Bolsonaro: “Mudei. Era estatizante e votava com a esquerda”

O ministro, que pela manhã esteve em um debate no TCU (Tribunal de Contas da União) sobre a privatização da Eletrobras, estimou em cerca de R$ 100 bilhões o total de recursos mobilizados pela abertura do capital da empresa, que deixará de ser uma empresa controlada pela União para ser uma companhia privada.

Serão, segundo ele, cerca de R$ 30 bilhões de modicidade tarifária, uns R$ 26 bilhões para engordar o caixa do Tesouro Nacional – recursos que deverão ser aplicados em saúde e educação. E outros R$ 5 bilhões serão investidos em energia nuclear, disse o ministro, sem completar o total dos recursos.

Guedes reafirmou a intenção do presidente Jair Bolsonaro de reduzir em 18% a conta de luz dos brasileiros a partir do próximo mês. Isso decorre do fim da bandeira de escassez hídrica a partir do dia 16, “sem canetadas”, garantiu ele, em referência à gestão da então presidente Dilma Rousseff que, quando do pacote de medidas na área de energia, editado em 2012, acabou deixando as empresas em grave situação financeira e a conta de luz, que deveria ter tido um corte de 20%, acabou mais cara no final das contas.

O presidente Jair Bolsonaro, que também estava presente no evento do Banco do Brasil, a certa altura da sua intervenção, confessou: “Eu mudei. Eu era estatizante. Lá atrás eu votava com a esquerda”, disse ele, referindo-se aos tempos em que era deputado federal. “Em pouco tempo a gente vê qual é o caminho certo.”

O presidente prosseguiu na sua reflexão. “Sem liberdade não se vai a lugar nenhum” e parabenizou os parlamentares que na quarta-feira não votaram pela urgência na tramitação do projeto das fake news. “Quem abre mão de um pouco de liberdade para ter mais segurança acaba não tendo nem liberdade nem segurança”, filosofou Bolsonaro.

Ao tecer elogios à gestão do presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro, que ontem anunciou dois novos programas de financiamentos da instituição – um na área de preservação ambiental em que a área preservada é objeto de garantia dos empréstimos; e outro de antecipação para os caminhoneiros das receitas do frete -, Bolsonaro disse: “Queria deixar bem claro uma coisa: as pessoas só podem ter iniciativas se tiverem liberdade. Não tinha como dar certo no passado, quando os cargos eram loteados. Por que hoje as instituições não estão mais nas páginas dos jornais por causa de escândalos?”. A essa pergunta ele respondeu que costuma escolher os nomes para ocupar postos de comando por suas qualidades e não fez menção ao acordo com o centrão, que pressupõe ocupar cargos relevantes na administração pública.

Apostas do BB

O BB inovou ao anunciar, ontem, a emissão da CPR (Cédula de Produto Rural) Preservação, em que a área preservada lastreia o financiamento.

Já o Antecipa Frete é uma linha de crédito mais barata, que cobra uma taxa de juros de 1,79% ao mês e tem como garantia recebíveis de fretes.

“O certificado verde é o certificado de preservação pelos serviços ambientais. Isso é tão inovador que nós estamos discutindo com a OCDE como terceiro pilar, a grande política de conservação de florestas do mundo”, disse o ministro da Economia. Os dois primeiros pilares seriam a segurança energética e alimentar que o Brasil oferta. Os produtores rurais e os caminhoneiros são parte da base eleitoral de Bolsonaro.

Guedes, ao fim do seu pronunciamento, comentou que enquanto alguns países da América Latina optaram por trilhar o caminho da pobreza. “nos estamos fazendo a viagem no caminho da prosperidade”.

Fonte e Imagem: Valor Econômico
https://valor.globo.com/brasil/coluna/brasil-e-solucao-para-meio-ambiente-diz-guedes.ghtml

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