Congresso IBGC: Transição para energias limpas será mais lenta do que o esperado


Para Ricardo Durazzo, presidente do conselho de administração da Tupy, é uma meta irreal renovar as fontes de energia até 2050

A transição energética para fontes limpas parece algo simples, mas é um processo que será mais lento do que as pessoas gostariam, ponderou Ricardo Durazzo, presidente do conselho de administração da Tupy, durante participação no 22° Congresso Anual do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC).

Ele diz que renovar as fontes de energia para renováveis até 2050 é uma meta irreal, que algo mais sensato seria estabelecer um prazo de 70 anos ou mais, respeitando a média histórica de transições energéticas anteriores.

“Para alcançar as metas até 2050 precisaríamos construir uma Itaipu por semana, levando em conta a continuidade no crescimento da demanda por energia, é um desafio que não chega a ser difícil, é simplesmente impossível”, comentou.

Ele acredita que ainda é necessário mais investimentos nas tecnologias de energia renovável para torná-las mais eficientes e superar os desafios estruturais que ainda existem atualmente, como baixa densidade energética e intermitência de geração.

Mas isso não é algo para desanimar o movimento de transição energética, pontua Durazzo. “Precisamos focar o uso de energias limpas em setores com altas emissões, como metalurgia e cimento, para acelerar essa transição energética de forma eficiente.”

Anicia Pio, gerente do departamento de desenvolvimento sustentável da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), fala que um dos pontos fundamentais é que os países usem os recursos do mercado de carbono em investimentos para energia limpa.

“Já que vamos estabelecer um novo mercado de carbono, gerando maiores gastos para as empresas, achamos que é muito mais eficiente e eficaz se os recursos fossem investidos em energia limpa e não usados em outras finalidades”, comentou.

Fonte e Imagem: Valor Econômico
https://valor.globo.com/empresas/noticia/2021/10/06/congresso-ibgc-transio-para-energias-limpas-ser-mais-lenta-do-que-o-esperado.ghtml

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