A ABRAPCH participou hoje da Audiência pública na ANEEL. (Audiência Pública 022/2019)



PLD
A ABRAPCH entende que precisamos fazer uma mudança na forma que o PLD é calculado bem como, o porquê mudar os limites de mínimo e máximo usados hoje no mercado. Entendemos que uma das questões que se faz necessário mudança, é a redução da volatilidade do PLD. No modelo atual, é extremamente grande, e fora de propósito para uma commodity como é a energia elétrica. Nenhuma commodity tem volatilidade de preço tão intensa, e uma diferença tão grande entre o preço mínimo e máximo, quanto a do PLD no Brasil.  Na opinião da AbraPCH, a volatilidade pode ser reduzida, trocando a variável da previsão de ENA, pelo incremento de volume real registrado nos reservatórios. Seja vazão média real, registrada no período. Para amortecer a volatilidade, recomendamos a utilização de um valor médio da carga. Seja, uma média móvel dos últimos 60 dias. Naturalmente com variações diárias e no intraday, para preços do MWh no PLD horário. A outra variável a ser ajustada no cálculo e que influencia no valor do PLD, é o valor da carga. A ABRAPCH vê oportunidade de melhoria em três grandes áreas, intitulado de tripé para ganhos estruturais com a mudança do PLD mínimo.


DISTRIBUIDORAS
Hoje a eventual sobrecontratação de energia elétrica pelas distribuidoras, quando o PLD mínimo é baixo, cria-se uma dificuldade significativa para o caixa das mesmas. Isso porque o preço médio de compra está muito longe do valor PLD mínimo. Isto ocorre sempre que tem de liquidar essa diferença da energia que sobra em sua carteira.
Assim, um dos motivos de se ter um PLD mínimo mais próximo ao preço médio de compra das distribuidoras é justamente a questão solução parcial dos problemas de sobrecontratação das distribuidoras.


MERCADO LIVRE
A existência da possibilidade de ocorrer PLD tão baixo, é um atrativo ao risco. Assim  consumidores livres e ou comercializadoras evitam de se contratar totalmente, ficando para tentar comprar parte de sua energia em curto prazo, ou seja, acaba não tendo contratos suficientes no mercado para lastrear toda a energia, faltando contratos de longo prazo no mercado, tendo que trabalhar cada vez mais com os contratos de curto prazo.


FINANCIABILIDADE
Uma vez que o valor do PLD mínimo, seja próximo aos valores médios de compra das distribuidoras, a expansão da geração deixaria de ser tão dependente dos leilões federais, hoje em dia, bancados unicamente pelo ACR.
Estes são os três pontos que justificam o PLD mínimo maior, um valor de R$120,00 até R$150,00
MWh, porque achamos injusto até imoral as hidroelétricas receberem um valor MWh entregue, menor do que recebem as termoelétricas paradas, não entregando nenhum MWh para a sociedade brasileira

 

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