O consumo de energia elétrica na área de concessão da Celesc atingiu 6.824 GWh no primeiro trimestre do ano, crescimento de 8%, em comparação ao mesmo período de 2019. Trata-se do maior índice de desempenho registrado nos últimos cinco anos, cuja média de crescimento de consumo para o período estava na casa de 2% a cada trimestre.
A atual alta da demanda neste primeiro trimestre foi puxada principalmente pela classe Residencial, que registrou aumento de 15,7% no volume de energia consumida, além da classe Comercial, cujo crescimento foi de 10,2%. Os números também reforçam o impacto das altas temperaturas que foram registradas no estado durante o verão, que intensificou o uso de aparelhos elétricos como o ar condicionado e ventiladores para amenizar o calor.
Na avaliação de Antônio Linhares, Diretor Comercial da Celesc, a temporada quente causou o grande aumento no consumo. “Nos meses de janeiro e fevereiro ocorreram, na nossa área de concessão, sete recordes históricos de picos de demanda, sendo seis deles em dois blocos de dias consecutivos”, relembrou. O maior deles foi no dia 31 de janeiro, às 15h, quando 5.371,26 MW foram aferidos pela concessionária.
Situações semelhantes foram vivenciadas nas regiões mais quentes do país, como Centro-Oeste e Sudeste. A situação também desencadeou a grande polêmica relacionada à alta das contas de luz e os impactos do aumento dos impostos em efeito cascata. Atualmente, por determinação do Ministério Público, a concessionária catarinense está finalizando a aferição de 1.200 medidores em unidades consumidoras indicadas pelo Procon-SC, no intuito de apurar possíveis irregularidades no faturamento. O relatório final deverá ser entregue ao Ministério Público no próximo dia 29 de abril.
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