Duas empresas do grupo Eletrobras, Amazonas GT e Furnas, estão buscando iniciativas para aumentar a eficiência de unidades geradoras através de melhorias em sistemas que realizam o monitoramento dos equipamentos. O objetivo é reduzir o tempo de paradas para manutenção dos equipamentos das unidades geradoras e aumentar a periodicidade das revisões programadas.
O sistema, uma plataforma web desenvolvida pelo Cepel, auxilia a equipe técnica na análise de diagnóstico preditivo de equipamentos elétricos, permitindo a verificação de dados como vibração, pressão e temperatura, entre outros, e assim identificar distorções para correções operacionais em campo das máquinas.
Em Furnas, o sistema está em processo de instalação na hidrelétrica Funil, em Itatiaia (RJ), e deve ser concluído até o fim deste ano. Já na Amazonas GT, a ferramenta está sendo instalada na usina Balbina, com previsão de conclusão ainda no primeiro trimestre deste ano, segundo André Tomaz de Carvalho, gerente do sistema e pesquisador do Departamento de Linhas de Transmissão e Equipamentos do Cepel. Também está em implantação esse mesmo sistema em Itaipu.
No caso de Balbina, o sistema atuará no monitoramento online de descargas parciais ao receber informações coletadas pelo equipamento de instrumentação para monitoramento e análise de descargas parciais – também desenvolvido pelo Cepel – para o diagnóstico, em tempo real, da isolação de geradores. Hoje, a hidrelétrica não possui um sistema desse tipo e o centro de pesquisa está fornecendo o software de processamento de sinais, aquisição de dados e de interface web.
Já no caso de Funil, a usina já faz uso de um sistema de monitoramento, mas obsoleto, o que pode melhorar a eficiência das turbinas hidráulicas. “Estamos começando com esse piloto, mas há a possibilidade de ampliar o uso do sistema para outras usinas. Estamos estudando quais poderiam receber esse sistema”, diz Flavio Ivan Barbier Rolim, gerente de Equipamentos Rotativos e Sistemas Auxiliares de Furnas.
Após a instalação do sistema, é esperada uma redução no número de paradas para manutenção de equipamentos na hidrelétrica Funil. Atualmente, a estatal de geração realiza, normalmente, revisões periódicas nas unidades geradoras a cada cinco anos, com uma parada programada que gira em torno de um mês a um mês e meio. Há expectativa de diminuiur ainda as paradas ocasionais, como ocorrências de vazamentos e troca de juntas, por exemplo, para manutenção corretivas.
“O sistema vai permitir que a equipe possa se antecipar a essas paradas [ocasionais], tornando a nossa logística mais precisa”, conclui.
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