O fator de ajuste do Mecanismo de Realocação de Energia para agosto está estimado em 58,5%. Isso significa que as hidrelétricas que compõem o MRE produziram menos do que 60% do esperado para esse mês. A diferença para atingir 100% gera um custo financeiro chamado de risco hidrológico, onde parte do ônus é pago pelos geradores e parte pelos consumidores de energia do mercado regulado.
O motivo principal da baixa produção hidrelétrica é a falta de chuvas suficientes. Segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), as afluências esperadas para a quinta semana de agosto subiram de 67% para 68% da média histórica, alteração pouco significativa. Em termos de energia, o incremento representa 500 MW médios.
Os níveis dos reservatórios do sistema ficaram cerca de 985 MW médios abaixo da expectativa anterior com redução no Sudeste (-815 MW médios) e no Norte (-315 MW médios). No Nordeste (+105 MW médios) e no Sul (+40 MW médios), os níveis estão mais altos.
Por outro lado, a carga de energia esperada para a próxima deve ficar 160 MW médios mais alta no Sistema Interligado Nacional (SIN), com redução apenas no Nordeste (-135 MW médios). No Sudeste (+115 MW médios), Sul (+150 MW médios) e Norte (+30 MW médios), a carga esperada subiu.
A hidrologia ruim exige o acionamento de usinas termelétricas, o que aumenta o custo operacional do sistema (CMO). Com isso, o Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) para o período entre 25 e 31 de agosto segue em R$ 505,18/MWh em todos os submercados.
Ainda segundo a CCEE, a previsão de Encargos de Serviços do Sistema – ESS para o período mês é de R$ 31 milhões, montante referente à restrição operativa, enquanto a estimativa de custos decorrentes do descolamento entre CMO e PLD para o mês está em R$ 55 milhões.
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