Dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 30 de junho apontam que o consumo e a geração de energia elétrica no país ficaram praticamente estáveis, quando comparados ao mesmo período de 2017. As informações são do boletim InfoMercado Semanal Dinâmico, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, que traz dados prévios de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais.
O consumo de energia no Sistema Interligado Nacional – SIN ao longo de junho alcançou 58.588 MWmédios, montante praticamente igual ao consumido no mesmo período do ano passado (58.560 MWmédios).
No Ambiente de Contratação Regulado – ACR (cativo), no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras (onde estão inseridos os consumidores residenciais, comerciais, industriais, rurais, serviços, iluminação pública e outros), o consumo caiu 0,6%, índice que considera a migração de cargas para o mercado livre (ACL). Caso esse movimento fosse desconsiderado, haveria aumento de 0,7% no consumo.
Já no Ambiente de Contratação Livre – ACL, no qual as empresas compram energia diretamente dos fornecedores (com consumidores de atividade industrial/comercial/serviços), o consumo registrou incremento de 1,6%, índice que inclui as cargas oriundas do ACR na análise. Haveria redução de 1,3% no consumo, caso o movimento dos agentes fosse desconsiderado na análise.
Dentre os ramos da indústria avaliados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, os setores de veículos (+2,9%), madeira, papel e celulose (+2,5%) e de extração de minerais metálicos (+2,2%) foram os únicos com incremento no consumo, quando a migração é desconsiderada. Por outro lado, os ramos da indústria têxtil (-10,1%), de serviços (-5%) e de minerais não-metálicos (-3,4%) apresentaram índices de retração no consumo dentro do mesmo cenário sem migração.
Em junho, a geração de energia no Sistema chegou a 61.382 MWmédios, índice 0,3% superior à produção de energia no mesmo período de 2017. A geração hidráulica, incluindo as Pequenas Centrais Hidrelétricas – PCHs, caiu 9,1%, enquanto a produção de eólicas e térmicas cresceu 29,2% e 21,3%, respectivamente.
O InfoMercado Semanal Dinâmico também apresenta estimativa da produção das usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia – MRE, em junho, equivalente a 71,3% de suas garantias físicas, ou 39.029 MWmédios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, o percentual é de 71,1%.
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