Dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 31 de maio apontam queda de 0,8% no consumo e de 0,4% na geração de energia elétrica no país, na comparação com o mesmo período do ano passado. As informações são do boletim InfoMercado Semanal Dinâmico, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, que traz dados prévios de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais.
Ao longo de maio, o consumo de energia no Sistema Interligado Nacional – SIN foi de 58.657 MWmédios, índice 0,8% inferior ao montante consumido no mesmo período de 2017. A redução, a partir da 4ª semana do mês, foi influenciada tanto pela diminuição da temperatura como pelo aumento do impacto gradativo da greve dos caminhoneiros. O cenário meteorológico começou a mudar na 5ª semana com a elevação das temperaturas, mas o consumo registrou queda no período.
No Ambiente de Contratação Regulado – ACR (cativo), no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras (onde estão inseridos os consumidores residenciais, comerciais, industriais, rurais, serviços, iluminação pública e outros), o consumo caiu 1,7%, índice que considera a migração de cargas para o mercado livre (ACL). A demanda por energia ficaria praticamente estável (-0,3%), caso esse movimento fosse desconsiderado.
O consumo no Ambiente de Contratação Livre – ACL, no qual as empresas compram energia diretamente dos fornecedores (com consumidores de atividade industrial/comercial/serviços), cresceu 1,3% em maio, índice que engloba as cargas oriundas do ACR na análise. O índice apresentaria queda de 2,1% se o impacto da migração não fosse levado em conta.
Dentre os ramos da indústria avaliados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, os setores de extração de minerais metálicos (+2,2%), de químicos (+1,9%) e de transportes (+0,9%) aumentaram a demanda por energia, mesmo sem o impacto da migração na análise, enquanto os segmentos alimentícios (-10,7%), têxtil (-5,8%) e de manufaturados diversos (-5,1%) apresentaram os maiores índices de retração no consumo.
Já a geração de energia no Sistema alcançou 61.662 MWmédios, montante de energia 0,4% inferior ao produzido no mesmo período do ano passado. A produção das usinas hidráulicas, incluindo as Pequenas Centrais Hidrelétricas – PCHs, cresceu 0,4% e das usinas eólicas registrou incremento de 33,6%. A geração térmica, por sua vez, caiu 14,7% no período.
O InfoMercado Semanal Dinâmico também apresenta estimativa da produção das usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia – MRE, em maio, equivalente a 71,4% de suas garantias físicas, ou 39.063 MWmédios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, o percentual é de 71,2%.
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