Será preciso aumentar em seis vezes a velocidade da adoção de energias renováveis no mundo para responder ao compromisso de se reduzir as emissões de gases-estufa e limitar o aumento global da temperatura em 2°C, conforme acertado no Acordo de Paris.
"Se quisermos descarbonizar a energia global rápido o bastante para evitar os mais severos impactos da mudança do clima, as renováveis têm que representar, pelo menos, dois terços da energia total em 2050", diz em nota enviada à imprensa Adnan Z. Amin, diretor geral da International Renewable Energy Agency (Irena), o maior fórum mundial do setor.
O impacto da transformação energética com geração limpa e promovendo mais eficiência não terá efeito apenas nas metas climáticas. Um novo relatório da Irena – "Global Energy Transformation: A Roadmap to 2050" – lançado em abril, indica que a economia global poderia crescer 1% em 2050.
Além disso, o bem-estar global, com benefícios não capturados pelo PIB (como ganhos em saúde pública com a redução da poluição e dos impactos climáticos), melhoraria em 15%, comparando-se com a trajetória atual.
No final de 2017, a capacidade de geração energética com renováveis aumentou em 167 GW e alcançou 2.179 GW no mundo. Trata-se de um crescimento de 8,3%.
O estudo também aponta que aumentar os investimentos nos sistemas energéticos em 30% até 2050, em prol de geração limpa e mais eficiência, pode criar mais de 11 milhões empregos adicionais no setor, compensando as perdas que ocorreriam na indústria do combustível fóssil.
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Fonte: Valor Econômico.
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