Um tema que gera expectativa no mercado é a mudança no cálculo do Preço de Liquidação das Diferenças. Com previsão de implementação do preço horário em janeiro de 2019, praticamente todas as dinâmicas do mercado sofrerão alterações, exigindo adequações do operador do mercado, do operador do sistema e dos agentes. Por este motivo, na última quarta-feira (13), cerca de 400 pessoas participaram do Fórum de Debates CCEE, que abordou conceitos e práticas do preço horários em diversos países.
Realizado no hotel Maksoud Plaza, o evento contou com a presença da CCEE, do Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS, da Empresa de Pesquisa Energética – EPE e da Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel, além de representantes de agentes e consultorias.
Abertura
Na abertura do evento, o presidente do CAd, Rui Altieri, agradeceu os esforços feitos por todas as instituições e agentes para viabilizar uma série de encontros para disseminação do conhecimento ao longo de 2017. Luiz Eduardo Barata, presidente do ONS, e Angela Livino, assessora da presidência da EPE, também destacaram a importância do encontro e a preocupação com as mudanças que irão acontecer com o preço horário.
Palestras Institucionais
Iniciando o ciclo de apresentações institucionais, Christiano Vieira, superintendente de regulação dos serviços de geração da Aneel, ressaltou a importância da Consulta Pública do Ministério de Minas e Energia nº 42/2017 para a maior aproximação do preço à realidade operativa, assim como a agenda regulatória da sua instituição para o biênio 2018-2019. Acesse a apresentação aqui.
Na sequência, Rodrigo Sacchi, gerente de preços da CCEE, apresentou diversas simulações do sistema com a variação horária do preço nos submercados, além do cronograma do grupo de trabalho coordenado pela instituição na Comissão Permanente para Análise de Metodologias e Programas Computacionais do Setor Elétrico – CPAMP. Para concluir sua participação, o executivo destacou o trabalho interno que está sendo realizado pela CCEE para identificar todas as mudanças em processos, sistemas e atividades dos colaboradores. Confira o material aqui.
Pelo ONS, Mário Daher, gerente executivo de planejamento energético, chamou a atenção para a importância do trâmite de dados entre ONS e CCEE, e com os agentes, de forma a garantir a confiabilidade dos processos e o atendimento dos requisitos de publicação (apresentação aqui). Por último, Rafael Ferreira, assessor da presidência da EPE, provocou os participantes sobre a necessidade de olhar para outras mudanças futuras e visualizar um desenho de mercado coeso. Afinal, o preço horário seria um dos primeiros processos de tomada de decisão (apresentação aqui).
Palestras das consultorias
Convidado especial para o Fórum, o consultor Mario Veiga, presidente da PSR, destacou as experiências do mercado chileno com o aumento de usinas solares e eólicas em sua matriz, o que exigiu mudanças na precificação. Também abordou a estrutura da Colômbia e de Nordpool, enfatizando que as decisões dependem de oportunidades e não de questões liberais de um país. Confira a apresentação do consultor aqui.
Outro convidado especial foi o presidente da Thymos Energia, João Carlos Mello, que abordou sobre os benefícios e impactos que o preço horário traz para o mercado. Elogiando a iniciativa da CCEE e enfatizando a importância de fóruns de debates para o Brasil avançar nos aprimoramentos, o consultou abordou a ampliação de novos produtos, negócios e serviços com a mudança, como por exemplo a resposta da demanda, a geração distribuída e até mesmo um mercado de balcão mais ágil no futuro. Veja a apresentação aqui.
Mesa de debates
Após as palestras, o conselheiro da CCEE Roberto Castro coordenou uma mesa de debates com a presença dos dois consultores e mais dois representantes de agentes: Karin Luchesi, vice-presidente de operações de mercado da CPFL Energia, e Donato da Silva Filho, diretor de regulação e planejamento energético da EDP. Ao abrir o debate, Castro destacou que apesar da importância da discussão sobre o preço, o mercado não deve perder de foco a solução do GSF.
Em nome dos agentes, a CPFL Energia e a EDP alertaram sobre a necessidade de adaptações das empresas para atuar com o modelo de preço horário, o que vai exigir mudanças nos contratos e negociações com seus parceiros, mas que as vantagens são superiores aos esforços que serão empregados.
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Fonte: CCEE.
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