Os empreendedores de projetos hidrelétricos começaram a se mobilizar para a retomada dos empreendimentos. Nos últimos anos, UHEs vem enfrentando dificuldades para se viabilizarem em leilões principalmente por conta de entraves no licenciamento de projetos, ao mesmo tempo em que vê sua participação na matriz diminuir em detrimento das outras renováveis. Na última terça-feira, 14 de novembro, as empresas Brookfield, Cemig, Copel, CPFL, CTG Brasil, EDP, Engie, Neoenergia, Odebrecht e Voith promoveram o seminário “Incentivo ao desenvolvimento das hidrelétricas no Brasil”, no Rio de Janeiro (RJ). O objetivo do grupo é destravar o potencial de hidrelétricas médias.
De acordo com Gil Maranhão, diretor de novos negócios da Engie, o encontro é um resultado de um ano e meio de conversas entre empresas sobre o que aconteceu com o mercado de UHEs no Brasil. A partir daí o grupo começou a se organizar de forma mais efetiva. “Nossa disposição é fazer com que o mercado de UHEs volte”, aponta. Em outubro de 2016, o executivo da Engie já havia revelado à Agência CanalEnergia que havia uma disposição do mercado na direção das UHEs médias.
A Empresa de Pesquisa Energética é uma parceira desse movimento. Ela pode ser considerada uma parte interessada, uma vez que trabalha com o planejamento do setor e a inclusão desses empreendimentos nos projetos. O presidente da EPE, Luiz Augusto Barroso, considerou a união dos empreendedores positiva e lembrou que apesar do número modesto de UHEs no PDE, a EPE trabalha para revitalizar o desenvolvimento das hidrelétricas.
A Associação dos Produtores Independentes de Energia Elétrica abraçou a causa dos empreendedores e também quer colaborar para destravar os projetos. O presidente da associação, Guilherme Velho, lembrou que os leilões de dezembro tiveram um percentual muito baixo em UHEs cadastradas, o que mostra um desequilíbrio entre as fontes convencional e as renováveis complementares, que cadastraram dezenas de gigawatts. Segundo ele, foi criada uma meta dentro do plano de ação da Apine para identificar os entraves, porque não foram projetos novos projetos, já que existe um potencial identificado.
Ele acredita que os esforços para suplantar os obstáculos atuais podem fazer com que no curto prazo as usinas médias sejam viabilizadas, já que há um potencial que pode ser destravado e desenvolvido. “A oferta de hidrelétricas está muito pequena”, ressalta.
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Fonte: Canal Energia.
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