Seminário da ANEEL debateu os desafios da geração de energia elétrica no Brasil

A ANEEL promoveu na quinta-feira (19/10), no auditório da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o seminário “Desafios da Geração de Energia Elétrica no Brasil”. Ao todo, mais de 200 participantes acompanharam os três painéis que discutiram a situação do segmento de geração de energia e o potencial de expansão das diferentes alternativas da matriz energética brasileira.

Na abertura do evento, o diretor-geral da ANEEL, Romeu Rufino, falou sobre o desafio que é gerir os contratos de concessão, a fim de fazer com que os empreendimentos licitados nos leilões, tanto de Transmissão quanto de Geração, consigam entregar os serviços nos prazos estabelecidos. O setor elétrico tem forte interdependência entre os diversos segmentos, a indústria e os demais consumidores e o descasamento entre empreendimentos devem ser evitados. “A ANEEL tem feito esforço em aprimorar esse processo”, afirmou o diretor. “Há algum tempo fizemos um seminário sobre a Transmissão e agora este, para o segmento de Geração, e naquele evento identificamos a necessidade de aperfeiçoamentos no processo, o que resultou em prazos mais realistas para as obras, maior clareza para a matriz de risco, e mais interação com os agentes na gestão dos contratos para antecipar possíveis problemas, sempre respeitando o papel de cada envolvido”, completou. Segundo Rufino, a Agência tem sido bastante proativa e, ao antecipar os problemas, ganham os empreendedores e ganha o interesse público – com a contratação de agentes capazes de cumprir com os compromissos assumidos nos contratos.

O secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Paulo Pedrosa, ressaltou a importância da iniciativa do diretor da ANEEL Reive Barros em organizar o seminário de Geração e, também, a capacidade da regulação e formulação de políticas, que devem ser alinhadas com os interesses de todos os segmentos em benefício da sociedade. Pedrosa avaliou o atual momento do setor de energia elétrica e as novas formas de investimento, na qual se devem realinhar os incentivos e os riscos com novos custos de financiamento, para recuperar uma lógica econômica mais eficiente para o setor. “Com o comportamento do PLD sem subsídios implícitos, o custo da energia vai subir e nós teremos que acomodar esse custo por meio da eficiência, da competição, do mercado, da participação do consumidor, de maneira que a energia chegue ao varejo com um preço que a sociedade possa pagar”, afirmou Pedrosa.

O primeiro painel do seminário, sobre planejamento da geração, reuniu os dirigentes das principais instituições do setor elétrico brasileiro para discutir aspectos como investimentos, política energética, desafios da operação e a visão de futuro do mercado de energia elétrica. Participaram dos debates o secretário-adjunto de Planejamento e Desenvolvimento Energético do MME e moderador do painel, Moacir Carlos Bertol; Paulo Pedrosa; o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Luiz Augusto Barroso; a conselheira da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), Talita Porto; e o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Eduardo Barata.

Moderado pelo diretor da ANEEL José Jurhosa Júnior, o segundo painel promoveu debates sobre licenciamento socioambiental de empreendimentos de geração a partir das perspectivas de Jonatas Trindade, diretor de Licenciamento Ambiental Substituto do Ibama; Anderson Silva de Aguilar, subsecretário de Regularização Ambiental da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad/Abema); e Enio Fonseca, presidente do Fórum de Meio Ambiente do Setor Elétrico (FMASE).

O terceiro painel reuniu dirigentes das principais associações do setor para apresentar a visão dos empreendedores sobre os desafios da expansão das diferentes fontes de geração. Com a moderação de Fábio Lopes Alves, secretário de Energia do MME, houve apresentações sobre: grandes hidrelétricas, com Guilherme Jorge Velho, da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica (APINE), e João Alberto Bernardes do Vale, da Associação Brasileira das Empresas Geradoras de Energia Elétrica (Abrage); geração térmica, com Edmundo Alfredo Pochmann, representando a Associação Brasileira de Geradoras Termelétricas (Abraget); PCHs, com Luiz Otávio Koblitz, da Associação Brasileira de Geração de Energia Limpa (Abragel), e Paulo Arbex, da Associação Brasileira de Pequenas Centrais Hidrelétricas e Centrais Geradoras Hidrelétricas (ABRAPCH); geração eólica, com Elbia Silva Gannoum, da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica); geração solar fotovoltaica, com Rodrigo Lopes Sauaia, da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar); e biomassa, com Newton Duarte, da Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen).

Este foi o primeiro evento da ANEEL transmitido ao vivo pelo Youtube e com possibilidade de interação por meio do WhatsApp. As apresentações serão disponibilizadas em breve no endereço www.aneel.gov.br/eventos.

 

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Fonte: Canal Energia.

 

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