PLD deve começar a reduzir a partir de janeiro de 2018, estima CCEE

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) apresentou nesta segunda-feira, 30 de outubro, durante o InfoPLD ao vivo, análise do comportamento do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) de outubro e início de novembro. A manutenção do cenário hidrológico abaixo da média para novembro provoca a estabilização do PLD no valor máximo e a média anual em R$ 355/MWh. As projeções do PLD para os próximos 14 meses indicam redução gradual do preço a partir de janeiro de 2018.

 

De acordo com a apresentação feita pela analista de preços da CCEE, Camila Giglio, as afluências previstas para novembro seguem abaixo da Média de Longo Termo (MLT) para o período em todos os submercados, exceto no Sul, onde as ENAs devem atingir 112% da média. No Sudeste/Centro-Oeste, principal submercado do Sistema, as afluências devem ficar em 72% da média histórica, tendência acompanhada pelos índices no Nordeste (22%) e Norte (40%). “Apenas no Sul devemos ter afluências acima da média histórica, comportamento explicado pela maior incidência de chuvas previstas para a região no próximo mês”, destaca a executiva.

 

A consequência da hidrologia ruim nas principais bacias do SIN é percebida no armazenamento dos reservatórios com o registro de queda em todas regiões ao longo do último mês, com exceção do Sul, onde houve recuperação de 9,4% nos níveis e fechou outubro em 45,7% da capacidade. Os esvaziamentos ocorreram nos reservatórios do Norte (-10,7%), Sudeste (-6,2%) e Nordeste (-2,9%).

 

Com isso, o PLD deve permanecer em R$ 533,82/MWh, teto estabelecido pela Aneel, ao longo de novembro e dezembro, começando a cair gradualmente a partir do começo do próximo ano. Já o preço médio para 2017 deve permanecer em R$ 355/MWh, valor já esperado na última apresentação do InfoPLD.

 

O fator de ajuste do MRE esperado para o ano deve ficar em 79%, considerando o perfil de sazonalização de Garantia Física (GF) declarado pelos agentes desse mecanismo, com índices em 62,3% em outubro e 64,9% em novembro. A projeção do MRE relacionada à repactuação do risco hidrológico, que leva em conta a sazonalização “flat” da garantia física, deve ficar em 68,4% em outubro e em 69,1% para novembro.

 

A análise do MRE implica no impacto financeiro, em um cenário hipotético de 100% de contratação, na ordem de R$ 44 bilhões para 2017, sendo R$ 30 bilhões referentes ao Ambiente de Contratação Regulada (ACR) e R$ 14 bilhões ao Ambiente de Contratação Livre – ACL.

 

Os Encargos de Serviços do Sistema – ESS, em outubro, devem fechar em R$ 11,5 milhões com previsão nula para os valores de novembro. O custo decorrente do descolamento entre o CMO e o PLD, dado que o primeiro assumiu valores superiores ao PLD máximo, devem atingir R$ 70 milhões em outubro e R$ 102 milhões no próximo mês.

 

Fonte: Canal Energia

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