A carga de energia do Sistema Interligado Nacional em setembro apresentou um crescimento de 2,5% em relação ao mesmo mês do ano passado. Segundo dados do Boletim Mensal de Carga do ONS, foram 65.264 MW médios. Com relação ao mês de agosto, verifica-se uma variação positiva de 3,2%. Já no acumulado dos últimos 12 meses, o SIN apresentou uma variação positiva de 0,7% em relação ao mesmo período anterior.
O destaque na comparação entre setembro de 2017 e 2016 ficou com o Sul que apresentou aumento de 6,2%, passando a 11.031 MW médios. Já o maior submercado do país, o Sudeste/Centro-Oeste aumentou a demanda em 2,1%, para 38.237 MW médios. No Norte o aumento foi de 3,3% para 5.752 MW médios e no Nordeste uma queda de 0,6%. No acumulado de 12 meses os índices mudam consideravelmente sendo retração no SE/CO de 0,2%, crescimento de 2,6% no Sul, de 1,5% no NE e de 1,4% no Norte.
Em sua análise, o ONS aponta que o comportamento da carga do SIN já começa a apresentar sinais de recuperação, ainda que tímidos. Fatores como a queda nos juros, a safra agrícola, a geração de empregos e o aumento das exportações industriais, já estão influenciando positivamente o desempenho da carga de energia. Além disso, a forte queda na taxa de inflação amplia a renda disponível e ajuda a recuperar o consumo, efeito já sentido no comércio. E que é possível observar que o efeito do menor número de dias úteis na carga foi compensado pela ocorrência de temperaturas superiores às verificadas no mesmo mês do ano anterior.
O desempenho da carga do subsistema Sudeste/Centro-Oeste observada em setembro deve-se principalmente à melhora de alguns indicadores da economia e à ocorrência de temperaturas elevadas superiores às verificadas no mesmo mês do ano passado. A carga desse subsistema é fortemente influenciada pelo desempenho da indústria cuja participação na carga industrial do SIN é de cerca de 60%. “Desta forma, pode-se afirmar que melhoria da confiança da indústria explica uma parcela significativa do desempenho da carga desse subsistema”.
No Sul a forte variação é explicada, principalmente, pela ocorrência de temperaturas superiores às verificadas no mesmo mês do ano anterior, período em que foram registradas temperaturas bastante amenas para a época do ano. Já no NE, a variação negativa de 0,6% na carga ajustada demonstra que os fatores fortuitos contribuíram negativamente com 0,9%. A ocorrência de nebulosidade e chuva na região litorânea acompanhadas de temperaturas máximas inferiores às verificadas no mesmo período do ano anterior e a redução de carga de um consumidor industrial conectado na Rede básica contribuíram para o resultado. No Norte, a variação é explicada, principalmente, pela ocorrência de temperaturas máximas superiores às do mesmo período do ano anterior e à média dos últimos anos.
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Fonte: Canal Energia.
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