As mudanças no setor elétrico, previstas pelo ONS para os próximos anos, que atingem questões como geração, carga, tecnologia, fator humano além da situação regulatória, vão exigir, cada vez mais, a necessidade de monitoramento da rede em tempo real para a tomada de decisões na operação do Sistema Interligado Nacional (SIN) ao invés de um ambiente onde domina a programação. Isso se dará, principalmente, por conta do avanço da geração distribuída e o protagonismo que o consumidor passará a ter.
Segundo o diretor-geral do ONS, Luiz Eduardo Barata, as mudanças são fortes e vão chegar rapidamente no Brasil. “Nós (ONS) estamos nos preparando por meio de acordos operacionais além de uma aproximação mais intensa de uma associação que congrega os 19 maiores operadores do mundo. Nós estamos permanentemente atualizados, conhecendo os problemas que estão acontecendo e como podemos enfrentá-los e superá-los. Vamos fazer isso por meio de processos de inovação”, disse Barata durante sua apresentação no 8º Seminário Nacional de Operadores de Sistemas e de Instalações Elétricas (Senop), em Foz do Iguaçu.
Barata disse ainda que a atual situação econômica do Brasil impede que algumas inovações, como a presença do carro elétrico, aconteçam com a mesma velocidade observada em países como Estados Unidos, Japão, Coréia do Sul e outros da Europa. Isto, porém, traz uma vantagem, segundo Barata, que é o tempo que o Brasil ganha para se preparar para este novo cenário.
Ainda de acordo com ele, a geração distribuída, com a presença e avanço das fontes renováveis; o novo perfil do consumidor, com a chegada do carro elétrico; a presença de novos players, com a chegada da digitalização no setor de energia; a tecnologia e as necessidades de segurança cibernética além das alterações no marco regulatório do país são motores que vão impulsionar as mudanças no setor.
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Fonte: Brasil Energia.
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