A capacidade de geração de energias renováveis cresceu a um ritmo recorde no ano passado, impulsionada por políticas governamentais na Ásia, disse ontem a Agência Internacional de Energia.
O mundo adicionou mais 6% de capacidade de energia renovável em 2016, segundo relatório da AIE, entidade com sede em Paris e que assessora governos no setor energético. O crescimento das renováveis deveu-se principalmente a um aumento da capacidade de geração de energia solar na China.
Pequim adotou políticas pró-renováveis com o objetivo de reduzir a poluição do ar e reduzir sua dependência do petróleo importado. A China também é o maior fabricante de painéis solares.
Fatih Birol, diretor-executivo da AIE, qualificou a alta da energia solar como "um sinal notável", em entrevista coletiva em Londres.
Em todo o mundo, a energia solar cresceu mais que todas as outras fontes renováveis, tendo agregado 74 gigawatts em 2016, ou 50% a mais que no ano anterior.
A China representou a maior parte dos 41% de crescimento das energias renováveis. Os EUA ficaram em segundo lugar, tendo superado a União Europeia e contribuído com 24 gigawatts de energia renovável em 2016 – aumento de 44% em relação ao ano anterior.
Na África Subsaariana, o crescimento das energias renováveis foi impulsionado pela inclusão da energia hidrelétrica.
Os combustíveis fósseis continuam a ser o principal fonte global de geração de eletricidade, mas as energias renováveis estão reduzindo o fosso. A AIE prevê que, em 2022, as renováveis responderão por metade da atual capacidade total de geração a partir do carvão.
No geral, a geração de energia renovável cresceu 7% no ano passado e representou mais de 24% do mix global de eletricidade. O carvão segue sendo a principal fonte. A maior fonte renovável é a hidrelétrica, seguida por eólica, bioenergia, solar e algumas outras.
A AIE prevê que, se as políticas nacionais atuais continuarem em vigor, até 2022 a geração de renováveis superará 8 mil terawatts, o equivalente à geração total de China, Índia e Alemanha. Os dados são muito "importantes e o setor de combustíveis fósseis precisa se dar conta disso", disse Birol.
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Fonte: Valor Econômico.
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