O setor de energia solar e pequenas centrais hidrelétricas vão pleitear ao governo sua entrada nos leilões de renováveis, cujas regras foram publicadas na segunda (7).
A Absolar, que representa a indústria solar, passou o dia em conversa com o governo para reverter a exclusão.
A fonte vai participar do leilão com previsão de entrega para 2021, mas ficará de fora daquele cujo prazo é 2023.
"Não é isonômico. É um retrocesso a um setor ainda em inserção na matriz brasileira", afirma Rodrigo Sauaia, presidente da associação.
A princípio, a entidade tentará resolver a questão via negociação. Sobre uma eventual ação judicial, ele diz que "ainda é cedo para comentar".
O motivo apontado pelo Ministério de Minas e Energia é que a implementação dos projetos solares é compatível com prazos de até quatro anos. Sobre a negociação, a pasta diz que não há definição.
É o leilão com maior tempo para entrega, porém, que deverá ter a maior contratação, devido a uma expectativa de retomada da economia a longo prazo, avalia Sauaia.
As CGHs, centrais hidrelétricas com potencial de geração até 3 MW, também ficaram de fora dos certames.
"É essencial reverter essa exclusão, mas pode ter ocorrido um erro operacional, ao usarem como base editais passados", diz Paulo Arbex, da ABRAPCH (Associação Brasileira de Pequenas Centrais Hidrelétricas).
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