A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE apresentou nesta segunda-feira, 28 de agosto, uma análise do comportamento do Preço de Liquidação das Diferenças – PLD de agosto e início de setembro. A leve melhora na hidrologia em todo o Sistema Interligado Nacional – SIN, em agosto, impactou na queda do PLD já no início de setembro. Já o preço médio no Sudeste/Centro-Oeste, que considera a 2ª Revisão Quadrimestral da Carga, deve ficar em R$ 298/MWh em 2017.

“Mesmo superior aos índices de julho, o comportamento das ENAs (Energia Natural Afluente) ao longo do mês de agosto ainda permanece abaixo da média histórica, refletindo num PLD médio de R$ 505,95/MWh para o mês em todos os submercados, mas com redução já na primeira semana de setembro, fixado em R$ 449,04/MWh”, afirmou o gerente de preços da CCEE, Rodrigo Sacchi.

A previsão de afluências para setembro é bastante similar a de agosto, com destaque apenas para o Sul (de 55% para 76% da MLT). Nos submercados Sudeste (de 85% para 82%), Nordeste (de 32% para 33%) e Norte (de 57% para 58% da MLT), as ENAs permanecem abaixo da média para o período. “A tendência é que os índices de ENAs mantenham o comportamento nos próximos meses, o que denota grande similaridade com as afluências registradas no último período úmido”, destacou o executivo.

Já o armazenamento dos reservatórios do Sistema reflete o comportamento das ENAs em todo o país, contabilizando esvaziamentos mais significativos no Sudeste (-4,4%), Sul (-9,7%), Nordeste (-2,3%) e Norte (-6%).

A projeção para o PLD, que também leva em conta a 2ª Revisão Quadrimestral da Carga, indica uma tendência de redução gradativa com o preço ficando abaixo dos R$ 400/MWh em outubro, caindo ainda mais nos últimos dois meses do ano, numa média de R$ 300/MWh. “Esse preço de novembro e dezembro deve permanecer no início de 2018”, projeta Sacchi.

O fator de ajuste do MRE esperado para 2017 deve ficar em 81,3%, considerando o perfil de sazonalização de Garantia Física (GF) declarado pelos agentes desse mecanismo, com índices em 60,3% em agosto e 64,7% em setembro. A projeção do MRE relacionada à repactuação do risco hidrológico, que leva em conta a sazonalização “flat” da garantia física, deve ficar em 65,4% em agosto e em 70,9% para o próximo mês.

Tais índices, em um cenário hipotético de 100% de contratação, provocariam um impacto financeiro de R$ 32 bilhões para 2017, sendo R$ 22 bilhões referentes ao Ambiente de Contratação Regulada – ACR e R$ 10 bilhões ao Ambiente de Contratação Livre – ACL.

Os Encargos de Serviços do Sistema – ESS, em agosto, foram estimados em R$ 14,4 milhões e a previsão para setembro é que o valor caia pela metade, em torno de R$ 7,4 milhões.

 

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Fonte: Paranoá Energia.

 

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