CCEE: afluências devem ficar abaixo da média histórica até maio de 2018

As projeções de afluências no Sistema Interligado Nacional deverão ficar abaixo da média histórica até pelo menos maio de 2018. A nova projeção da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, revelada na apresentação mensal InfoPLD, aponta que nesse período, apenas em novembro é que as vazões no país deverão alcançar 96% da média de longo termo. Na maior parte do tempo esse indicador ficará em cerca de 70% da média histórica.

Em termos de energia armazenada no SIN, a perspectiva é de que no ano o nível das usinas fique em 19% nos meses de outubro e novembro, final do período seco no país. A variação dos reservatórios não apresenta variação significativa nessa curva em qualquer cenário de sensibilidade que a CCEE apresentou. A situação mais delicada continua no NE onde a projeção aponta que a partir de setembro os reservatórios da região estejam em 9% e um mês após, 8%, passando à recuperação até o pico de 26% em março de 2018.
Diante da previsão de revisão quadrimestral da carga, a CCEE realizou uma análise de sensibilidade com diferentes cenários de aumento de carga em 250 MW médios e 500 MW médios e de redução de 250 MW médios. A projeção do PLD médio para o ano apresenta pequena variação a partir do mês de maio em todo o país. A média do ano para o maior submercado, o SE/CO é de R$ 290/MWh sendo que a partir do mês que vem a tendência é de elevação a partir de maio com os novos parâmetros do CVaR e manutenção dos valores em cerca de R$ 400/MWh até outubro, sendo que o pico poderá ser verificado em julho com R$ 410/MWh e redução apenas em novembro.
Apenas no Norte é que há uma variação mais significativa no horizonte de análise da CCEE que vai até maio de 2018. No mês de abril desse ano o valor médio estimado é de R$ 34/MWh, mesmo valor a partir de janeiro do ano que vem e mantém-se ate abril do ano que vem. No cenário de elevação de 500 MW médios, o pico de PLD continua em julho deste ano com R$ 442/MWh nos demais três submercados.
O fator de ajuste do MRE estimado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica está em 83,4%. Semana passada o próprio presidente do Conselho da Câmara, Rui Altieri Filho, em reunião com os agentes, apresentou uma projeção de impacto de R$ 21 bilhões para o déficit de geração, sendo que desse valor R$ 14 bilhões estão no ACR e R$ 7 bilhões no ACL. Para o mês de abril o indicador estimado inicialmente é de 99,6%.
No cenário normal, após a energia secundária do primeiro trimestre a tendência é de que agosto o indicador seja de 67,7%, ficando abaixo de 70% de julho ao final de setembro deste ano. Nos cenários de sensibilidade o pior resultado vem com um aumento da carga em 500 MW médios passando a 83,1%.
O ESS no mês de março está estimado em R$ 166 milhões e para abril esse valor recua para R$ 12 milhões no período. Essa queda, explicou Camila Giglio, coordenadora da Gerência de Preços da CCEE, deve-se à entrada da geração térmica na ordem de mérito. No ano a projeção é de valores R$ 598 milhões e o custo de descolamento entre CMO e PLD em R$ 11 milhões no consolidado do ano. No cenário de aumento de carga de 500 MW médios o valor projetado do ESS passa a R$ 601 milhões.
 
 
 

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