Leilão de descontratação pode não solucionar excedentes e abrir novos riscos, avalia Aneel

O diretor da Aneel Jose Jurhosa Jr acredita que o leilão de descontratação de energia, anunciado pelo Ministério de Minas e Energia para abril próximo, não seja a melhor solução para a questão dos excedentes que causam problemas para o equilíbrio econômico-financeiro das distribuidoras, sinalizando uma reticência da agência com o mecanismo que pretende descontratar usinas que negociaram em leilões de reserva.

 

Ele explicou, durante apresentação hoje no Fórum Estratégico de Geração Termelétrica (Termogen), em São Paulo, que já existem mecanismos regulatórios disponíveis  para resolver esse problema.

 

O problema, avalia, é o risco de comportamento oportuinista por alguns empreendedores das usinas que estão com cronograma atrasado ou inviabilizado, ao se livrarem dos atuais compromissos firmados com o governo para retornar posteriormente ao mercado, aproveitando-se para cobrar mais caro pela geração que não conseguiram entregar nas propostas originais vencedoras dos leilões oficiais.

 

Jurhosa revelou outra preocupação que é a questão sobre qual seria, afinal, o volume ideal de energia de reserva necessária para dar segurança ao sistema elétrico brasileiro, ante as particularidades da oferta atual de geração, caracterizada por baixa hidraulicidade, acelerada penetração da energia eólica e falta de base termelétrica. Ele disse que a Aneel já solicitou à Empresa de Pesquisa Energética (EPE) um estudo mais apurado sobre esse cenário.

 

Fonte: Brasil Energia

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