Queda dos juros gera otimismo com leilões e aquisições no setor de energia

O início de um movimento de queda mais acentuada da taxa de juros do Brasil pode impulsionar negócios em energia elétrica, ao aumentar o interesse de investidores por licitações públicas para construção de linhas de transmissão e operação de hidrelétricas ou por aquisições de ativos.

 

Na opinião de especialistas, o cenário em geral para o segmento já é mais positivo do que em 2016 e há perspectivas de boas oportunidades conforme o governo do presidente Michel Temer
mostra­sse comprometido a oferecer melhores retornos para atrair o capital privado em licitações e privatizações. Esse maior otimismo também pode agilizar negociações por ativos que já estavam no mercado no ano passado e não foram negociados até o momento. 

 

"No final do dia, acho que essa redução nos juros deve ser mais um atrativo para o investidor estar buscando esses grandes ativos que estão a preços relativamente bons no mercado", disse o sócio da KPMG, Marcio Santos.

 

O Banco Central brasileiro surpreendeu o mercado na semana passada ao cortar a Selic, a taxa básica de juros, em 0,75 ponto percentual, para 13%. A expectativa majoritária de corte de 0,5 ponto percentual, e as apostas agora são de que um novo corte da mesma magnitude pode ser adotado em fevereiro.

 

Santos lembrou que, tradicionalmente, juros mais baixos aumentam os investimentos no setor elétrico. O gerente de transações corporativas da E&Y, João Victor Ferraz, acredita que a estabilização da economia brasileira também deve impulsionar as transações, mesmo com um real mais valorizado do que em 2016, que tende a aumentar o custo dos negócios para estrangeiros.

 

"O ativo brasileiro ficou um pouco mais caro, mas em compensação a perspectiva ficou um pouco melhor. Acho que vamos ter transações maiores…com tíquete médio mais alto", disse Ferraz. Ele aposta que negócios importantes podem ser viabilizados com a privatização de e seis distribuidoras que a Eletrobras pretende realizar até o final do ano.

 

Fonte: Folha de São Paulo

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