Passada uma semana desde o resultado das eleições presidenciais na principal economia global, o setor de energias renováveis tenta digerir a vitória do candidato que questionou em diversas oportunidades a credibilidade científica das mudanças climáticas. A postura de Donald Trump, antes da campanha e durante, causa preocupação com a continuidade do Plano de Energia Limpa, aprovado pelo atual chefe do executivo, Barack Obama, no país, além da manutenção de incentivos fiscais específicos.
Em conferência para analisar o resultado das eleições, analistas da Bloomberg New Energy Finance manifestaram preocupação com o futuro do Plano de Energia Limpa no país, mas lembraram da proximidade de Donald Trump com o mercado, indicando que o presidente eleito dos EUA evitaria decisões que gerem insegurança no ambiente de negócios. “Ele quer confiar no mercado, quanto possível. E as estimativas de custo nivelado para eletricidade mostram que o custo de fotovoltaicas e eólicas caiu rapidamente e se aproximam do gás a ciclo combinado”, observa o analista Sênior de Políticas Energéticas da Bloomberg Intelligence, Rob Barnett.
O plano de Trump para o setor, “America First Energy Plan”, é focado em atingir a independência energética do país, explorando suas reservas de óleo não convencional, gás natural e carvão, aponta a consultoria Energy Trend. A ideia do presidente eleito é de que a promoção dessas fontes abaixe o preço da energia, reduza emissões de gás carbônico e crie crescimento econômico. Mas não há indicações sobre o desenvolvimento de renováveis no plano.
Fonte: Brasil Energia
No comment