O Brasil está em posição intermediária no ranking de tarifas residenciais entre os países membros da Agência Internacional de Energia, com um valor médio de US$ 180/MWh (pela taxa de cambio média de 2015), mas aparece como a segunda tarifa com maior carga tributária, atrás apenas da Dinamarca. A conclusão é do Estudo Comparativo de Tarifas, versão 2016, produzido anualmente pela Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica.
No mesmo grupo de países, a tarifa industrial média de US$ 119/MWh é a sétima maior, mas a carga de impostos não está entre as mais altas. A avaliação do custo da tarifa da indústria é considerada conservadora pela Abradee, porque uma parte significativa dos grandes consumidores está no mercado livre.
O presidente da associação, Nelson Leite, afirmou em entrevista que a tarifa desse segmento se mostra competitiva em relação a outros países, apesar da baixa densidade de carga. Já as tarifas residenciais são mais onerosas por causa da distribuição dos encargos setoriais na conta de energia. O estudo da Abradee mostra que a variação acumulada da energia elétrica residencial de 1994 a maio 2016 foi de 775% com bandeira vermelha e de 697% com bandeira verde. No mesmo período, o salário mínimo teve um reajuste acumulado de 1.258%, combustíveis 1.167% e transporte público 831%.
Em reais, a tarifa nos dois segmentos tem peso diferente por região. Para a classe residencial, os valores médios são de R$ 253/MWh no Norte, de R$ 223/MWh no Nordeste e no Centro-Oeste, de R$ 229/MWh no Sudeste e R$ 200/MWh no Sul. A média nacional é de R$ 224/MWh. Para os consumidores industriais, os valores são de R$ 171/MWh (N), de R$ 136/MWh (NE), de R$ 164/MWh (CO), de 150/MWh (SE) e de R$ 131/MWh (S). A média Brasil é de R$ 146 MWh.
Fonte: Canal Energia
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