Governo adia publicação de novo Plano Decenal de Energia para 2017

O governo decidiu não publicar o Plano Decenal de Energia (PDE) para o período 2016­2025, estudo que contempla empreendimentos já contratados e a capacidade adicional de cada fonte de energia para os próximos dez anos. A ideia, porém, é lançar um PDE com horizonte até 2026, no início do próximo ano. “O PDE 2025 não vai sair e vamos trabalhar e publicar um PDE 2026”, afirmou o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Luiz Augusto Barroso, após participar de reunião do conselho de energia da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). “Ele [PDE 2025] está pronto. Ele só não será publicado porque está muito defasado”, disse.

 

Com relação ao Plano Nacional de Energia (PNE), com horizonte até 2050, estudo mais estratégico e no qual o governo define o que espera de cada fonte energética nas próximas décadas, Barroso afirmou que a publicação do documento está mantida e que pode ocorrer ainda este ano. “O PNE, tudo indica que sairá. Ele está em fase final de revisão”, disse o presidente da EPE. Com relação ao PDE 2026, ele sinalizou que o documento deverá incluir a usina nuclear de Angra 3, atualmente prevista para ser concluída em 2022. Outras usinas nucleares deverão estar contempladas no PNE 2050. Barroso acrescentou que é possível retomar a construção de hidrelétricas com reservatórios de regularização – usinas que conseguem estocar água nos reservatórios.

 

Ele, no entanto, explicou que isso poderá ser feito em harmonia com outros segmentos da sociedade. “Eu acho que vamos buscar isso [construção de hidrelétricas com reservatório], dentro de um ambiente que não seja um atropelo aos outros [setores], em um ambiente de harmonia e sincronização com os demais envolvidos, principalmente com as terras indígenas”, afirmou. Durante a reunião do conselho de energia da Firjan, Barroso lembrou que a estatal de estudos energéticos possui um relatório recente que identifica as áreas potenciais de construção de usinas com reservatório de regularização no país.

 

Fonte: Valor Econômico

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