Edital de privatização da Celg D deve ser publicado até fim deste mês

O edital do leilão de privatização da Celg Distribuidora (Celg D) deve ser publicado até o fim deste mês, para que a disputa possa ser realizada ainda em novembro, afirmou ao Valor Ana Carla Abrão Costa, secretária da Fazenda do Estado de Goiás.

 

Ontem, aconteceu em Goiânia a audiência pública que faz parte do processo de privatização da distribuidora de energia, com a presença de representantes do governo de Goiás, da Eletrobras, do Ministério de Minas e Energia (MME) e do BNDES, além de funcionários da companhia.

 

"A audiência transcorreu dentro do esperado", disse Ana Carla, que não participou da reunião mas acompanhou os relatos do governo de Goiás. "Claro que sempre há manifestações contrárias, mas foi tudo muito calmo", disse ela.

 

As manifestações contrárias partiram dos funcionários, que informaram durante a audiência que pretendem questionar a validade do encontro na Justiça, como fizeram na primeira vez. "Vamos mostrar que a audiência aconteceu da forma prevista e que, de fato, cumprimos os requisitos legais", disse Ana Carla.

 

A partir dessa audiência, corre o prazo legal para publicação do edital, que precisa sair até o fim deste mês para que o leilão possa acontecer em novembro. Entre o edital e a disputa, é necessário o período de 30 dias corridos.

 

O governo e a Eletrobras têm pressa para concluir a venda da distribuidora ainda em 2016, depois que o primeiro leilão, marcado para 19 de agosto, foi cancelado pela falta de interessados.

 

Desde então, o preço mínimo de venda da distribuidora foi reduzido em cerca de R$ 1 bilhão, para R$ 1,8 bilhão, mais R$ 2,6 bilhões em dívidas. O novo preço representa uma relação entre valor da empresa (EV) e a base de ativos regulatórios (RAB) de cerca de 2 vezes, de acordo com a Eletrobras.

 

Apesar de ser uma avaliação mais cara que a de outras distribuidoras no mercado, o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, tem defendido a qualidade do ativo e a perspectiva de forte expansão do mercado goiano para justificar o preço.

 

Na semana passada, o BNDES fez uma apresentação sobre a distribuidora para potenciais interessados. Segundo o secretário-executivo do MME, Paulo Pedrosa, estiveram presentes no encontro representantes das empresas Enel, Neoenergia, CPFL Energia, Equatorial e Energisa.

Fonte: Valor Econômico

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