Sucesso do leilão reafirma consolidação dos leilões no mercado livre como ambiente concorrencial do futuro

No último dia 29, a empresa dinamarquesa Novozymes, que possui uma planta industrial em Araucária, Paraná, realizou um leilão de compra de energia para um prazo de 36 meses. Foram habilitados vinte interessados geradores e comercializadores, dos quais onze participaram efetivamente do certame, realizando 54 lances.

 

O total de energia comercializado foi de 2,65 MW médios e para Aristides Gianello, da Novozymes, o resultado foi extremamente positivo. “Atingimos nossa meta de ter um contato de médio prazo, dentro de uma realidade de preços competitivos, previsíveis e com garantias contratuais plenas de fornecimento. Ademais, o processo foi totalmente transparente para os acionistas e dirigentes da empresa, atendendo sua política global de suprimentos. A experiência de promovermos nós mesmos um leilão de compra de energia foi altamente satisfatória e os resultados em termos de economia, compensaram plenamente os recursos envolvidos", diz o representante da Novozymes.

 

Fábio Saldanha, diretor de comercialização da Associação Brasileira de PCHs e CGHs (ABRAPCH), e diretor também da empresa Migratio, comemorou o resultado do certame privado. Para ele, “Embora seja um evento cada vez mais frequente, cada processo de migração merece ser celebrado, pois é uma conquista de cada cliente. É mais uma empresa que ganha competitividade para seus produtos, inclusive com relação ao mercado externo”, enfatiza, Saldanha 

 

Para Ivo Pugnaloni da empresa Enercons Consultoria em Energia, que ao lado da empresa Migratio, promoveu o leilão e a migração da Novozymes, fornecendo também a plataforma de tecnologia eletrônica que desenvolveu, “Doravante cada vez mais empresas com consumo importante deverão se preocupar em garantir o preço da energia que precisarão consumir no futuro. Senão precisarão contentar-se com os limites que a ação reguladora do estado conseguir estabelecer. E num cenário com cada vez mais dificuldades ambientais, regulatórias e econômicas, isso ficará cada vez mais difícil. Os geradores por seu lado,  reduziram suas esperanças de que os leilões realizados pelo governo possam continuar a garantir mercado e recursos para a expansão do sistema”, argumenta. “Deste modo a tendência é que leilões privados como esse que realizamos com a Migratio para a Novozymes se consolidem com opção de mercado normal para consumidores, geradores e comercializadores. Ainda mais porque o ambiente essencialmente concorrencial estabelecido pelo sistema de leilões é aquele que mais se adapta àagrave;s exigências de transparência e isonomia, tanto por parte dos acionistas como da legislação. E isso acontece tanto com os geradores, como com os comercializadores e principalmente com os consumidores”, concluiu o executivo, que foi presidente da Copel Distribuições e fundador da ABRAPCH.

 

Fonte: Assessoria do Leilão

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