A carga de energia no Sistema Interligado Nacional em agosto de 2016 cresceu 0,3% na comparação com o mesmo período do ano passado, chegando aos 63.756 MW médios. Dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico mostram que na comparação com o mês anterior, houve uma variação positiva de 1,7%. No acumulado dos últimos 12 meses, o SIN apresentou uma variação negativa de 0,4% em relação ao mesmo período anterior.
De acordo com o ONS, o maior número de dias úteis que no ano passado, que poderia trazer um maior aumento de carga, foi neutralizado pelas temperaturas menores que o esperado nos subsistemas Sudeste/ Centro-Oeste e Sul, aliado com forte impacto da conjuntura adversa. O resultado da carga ajustada indica que os fatores fortuitos, não econômicos, contribuíram positivamente com apenas 0,4% em agosto.
No subsistema Sudeste/Centro-Oeste, a carga recuou 0,9%, ficando em 37.434 MW médios. O fraco desempenho da indústria aliado à queda nas temperaturas explica o resultado. Na comparação com mês anterior, houve crescimento de 1,5%. Já no acumulado dos últimos 12 meses, o Sudeste/Centro-Oeste apresentou variação negativa de 0,9%, em relação ao mesmo período anterior.
Na região Sul, houve queda de 0,3% na carga em agosto, registrando 10.558 MW médios. Em relação a julho deste ano, também há redução de 0,4%. No acumulado dos últimos 12 meses, o Sul recuou 1,9%, em relação ao mesmo período anterior. O indicador de Confiança do Empresário Industrial da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul alcançou 52,7 pontos e revela que, depois de 29 meses, a indústria gaúcha está mais otimista.
No subsistema Nordeste, a carga subiu 3,6% em relação ao aferido em agosto de 2015, ficando em 10.178 MW med. Na comparação ao mês anterior, o aumento ficou em 3,2%. Já no acumulado dos últimos doze meses, o Nordeste apresentou uma variação positiva de 0,3% em relação ao mesmo período anterior.
A carga verificada na região Norte ficou em 5.586 MW med, crescendo 3,9% na comparação com agosto de 2015. O aumento vem da conexão de Macapá ao SIN. Caso ela fosse desconsiderada, a carga teria variação praticamente nula. Na comparação com julho deste ano, o aumento chegou a 4,5% e no acumulado dos últimos 12 meses, o crescimento é de 4,9%. A carga dos consumidores industriais eletrointensivos do subsistema continua em baixa desde meados de 2014.
Fonte: Canal Energia
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