Copel vai investir R$ 500 milhões para tentar reduzir interrupções

A Copel espera obter uma redução de até 30% do tempo médio de interrupção do serviço de fornecimento de energia em sua área de atendimento até 2018. O salto de melhoria de qualidade está previsto com a instalação, a partir de janeiro, de 1,4 mil religadores automatizados na rede elétrica rural da companhia.

 

"Só esse projeto já reduziria algo de 20% a 30%. Mas vamos fazer outras obras de melhoria. Queremos chegar a 2020 com uma redução de mais de 30% do nosso DEC [duração equivalente de interrupção por unidade consumidora]", afirmou ao Valor o diretor de distribuição da Copel, Antonio Guetter

 

A instalação dos equipamentos faz parte do programa "Mais Clic Rural", iniciado em 2015 pela elétrica paranaense e que prevê R$ 500 milhões em investimentos na rede elétrica rural da companhia até 2018. A iniciativa prevê ainda a construção de 3 mil quilômetros de linhas de transmissão e 30 novas subestações.

 

Os religadores serão fornecidos pela alemã Siemens, a americana SEC e a irlandesa Eaton, pelo valor de R$ 70 milhões. O pacote de 1,4 mil religadores faz parte da primeira etapa do programa. Ao todo, serão 4 mil religadores.

 

Por serem automatizados, esses equipamentos conseguem consertar automaticamente 80% dos problemas na rede, sem necessitar o envio de uma equipe técnica da companhia. Com isso, os aparelhos reduzem o tempo de interrupção de energia e o custo operacional da distribuidora.

 

"Isso traz inteligência para a rede. Essa é a grande tendência. Estamos apostando muito na questão da tecnologia. Estamos investindo muito nisso, porque acreditamos que a rede de distribuição, num futuro próximo, vai ser uma rede de inteligência. Ela vai transportar informações, não só energia", explicou Guetter.

 

Segundo o executivo, a redução do índice de interrupção do serviço de fornecimento de energia, 13,67 horas em 2015, apesar de estar dentro do patamar exigido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), é importante para tornar o agronegócio paranaense mais competitivo.

 

"Apesar de estarmos dentro dos indicadores da Aneel, o nosso Estado, por uma questão de ter atuação no agronegócio, talvez exija uma qualidade um pouco maior. Queremos melhorar a qualidade da rede rural, trazendo-a próxima a qualidade que temos na rede urbana", explicou.

 

Em 2015, o segmento rural consumiu 2.256 gigawatts-hora (GWh), o equivalente a quase 10% do mercado de energia total da distribuidora paranaense. A empresa possui hoje 363,6 mil clientes do segmento rural.

 

A Copel investe cerca de R$ 850 milhões por ano na rede de distribuição de energia da companhia.

 

Fonte: Valor Econômico

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