A inadimplência de algumas distribuidoras de energia em relação aos montantes liquidados nas operações do mercado de curto prazo é outra preocupação relevante para a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
"A inadimplência das distribuidoras está num volume bem significativo", disse Rui Altieri, presidente do conselho da câmara. Na liquidação das operações de junho, ficou um montante aberto de R$ 430 milhões. Grande parte dele reflete os créditos não pagos pelas empresas. Segundo Altieri, o principal ponto de atuação nesse sentido é tentar chegar a uma solução com os controladores das distribuidoras e com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Os dados mais recentes disponíveis no site da CCEE mostram que estão inadimplentes as distribuidoras Amazonas Energia, Cepisa (Piauí) e Eletroacre, subsidiárias da Eletrobras, além da estadual do Amapá CEA. Já as empresas Ceron (Rondônia), Ceal (Alagoas) – ambas também do Grupo Eletrobras – e Ampla estão "em monitoramento".
Fora da alçada da CCEE, algumas das empresas estão inadimplentes também em contratos bilaterais, referentes aos leilões.
Muitas dessas empresas têm créditos a receber de fundos setoriais como a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). No entanto, por estarem inadimplentes, deixam de receber as quantias a que teriam direito, que usariam para quitar as dívidas.
"Estamos tentando construir uma alternativa que de um conforto legal para destravar os créditos", disse Altieri.
Fonte: Valor Econômico
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